O sol parece estar
menos ativo do que outras estrelas similares em termos de variações de brilho
causadas por manchas solares e outros fenômenos, de acordo com cientistas, o
que pode não ser uma coisa ruim para nós.
Pesquisadores
disseram nesta quinta-feira (30) que uma avaliação de 369 estrelas similares ao
sol em temperaturas de superfície, tamanho e período de rotação — o sol leva 24
dias e meio para girar em volta de seu próprio eixo — mostrou que os outros
astros apresentavam em média cinco vezes mais variações de brilho do que o
sol.
"Essa variação
é causada por manchas escuras na superfície da estrela que giram para dentro e
para fora", disse o astrônomo Timo Reinhold, do Instituto Max Plack para
Pesquisa do Sistema Solar, na Alemanha, principal autor do estudo publicado no
jornal acadêmico Science. "Uma medida direta da atividade
solar é o número de manchas solares em sua superfície".
O sol — uma esfera
quente composta por hidrogênio e hélio — é uma estrela de tamanho médio formada
há mais de 4,5 bilhões de anos e está aproximadamente na metade de sua vida.
Seu diâmetro é de 1,4 milhão de quilômetros. Sua temperatura de superfície é de
cerca de 5.500 graus Celsius.
"Temperatura e
período de rotação são considerados os principais ingredientes para o dínamo no
interior da estrela, que gera seu campo magnético, e eventualmente o número e o
tamanho das manchas que causam variações de brilho. Encontrar tais estrelas com
parâmetros muito semelhantes aos do nosso sol mas que são cinco vezes mais
variáveis foi surpreendente", disse Reinhold.
Atividades
magnéticas elevadas, associadas com as manchas solares, podem levar a erupções
solares, ejeções gigantescas coronais — grandes expulsões de plasma e do campo
magnético da parte mais externa da atmosfera solar — e outros fenômenos
eletromagnéticos que podem afetar a Terra, atrapalhando satélites e
comunicações e colocando astronautas em perigo.
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