A presidente da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen
Lúcia, retirou da pauta desta terça-feira, dia 25, o julgamento de um pedido
de liberdade apresentados pela defesa do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
O motivo não foi
informado, nem a nova data do julgamento. Como será a última sessão da turma do
semestre antes do recesso de julho, o casos só poderá ser reagendado a partir
de agosto.
Antes da retirada
de pauta, diante de notícias de que o julgamento não deveria acontecer, a
defesa de Lula havia entrado com um pedido para que o caso fosse tratado como
prioridade. Os advogados ressaltam que o ex-presidente já está preso há 443
dias – e, portanto, o processo deveria ser analisado antes do recesso da Corte.
No habeas corpus, a
defesa alega que o então juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça, atuou com
parcialidade no processo do triplex do Guarujá, que resultou na condenação e na
prisão de Lula. O caso começou a ser julgado no ano passado, quando dois
ministros da Segunda Turma votaram contra a libertação de Lula: o relator da
Lava-Jato, Edson Fachin, e Cármen Lúcia. Ambos argumentaram que o habeas corpus
não é o processo adequado para tratar do assunto.
Gilmar Mendes
interrompeu o julgamento com um pedido de vista, para analisar melhor o caso.
No último dia 10, o ministro liberou o processo. Além dele, ainda votarão
Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.
Em outro habeas
corpus, que também constava na pauta de terça-feira, os advogados recorreram da
decisão do ministro Felix Fischer, do STJ, de negar o benefício ao
ex-presidente.
Como essa decisão de Fischer já foi confirmada pela Quinta Turma do STJ, havia poucas chances se Lula conseguir liberdade nesse processo. O mais provável é o pedido ser considerado prejudicado – o que, em linguagem jurídica, equivale a dizer que o caso não poderia mais ser julgado pelo STF. Esse habeas corpus também foi retirado da pauta.
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