Pelos números em 2023, Luis Suárez e Pedro Henrique chegam juntos como principais esperanças de gols no Gre-Nal 438, neste domingo, na Arena. Na temporada, os dois somam o mesmo número de bolas na rede, oito em nove jogos, e fazem suas estreias no clássico.

Grande contratação do Grêmio para o ano de reconstrução pós-retorno à elite do futebol brasileiro, Suárez mostra sua qualidade e faro goleador desde o início de trajetória pelo clube. Foram três gols logo na estreia pelo Tricolor, na Recopa Gaúcha.

No Gauchão, o astro uruguaio atuou sete vezes, com cinco gols. Embora seja uma boa marca, é apenas o terceiro no ranking de artilharia, atrás de Rodrigo Rodrigues, do Juventude, e Pedro Henrique, rival deste domingo.

O atacante vive seu primeiro início de temporada pelo Inter, visto que chegou ao Beira-Rio já com o calendário de 2022 em andamento. Além disso, volta a disputar o Gauchão após 12 anos, quando atuou pelo Caxias antes de rumar à Europa.

Normalmente um extrema, PH passou a atuar centralizado, como referência no ataque. Após saídas de jogadores da posição e o começo de ano abaixo de Alemão, o camisa 28 foi escolhido por Mano para fazer o papel de centroavante.

Ao menos pelos números, tem tido resultado. Nas nove partidas disputadas pelo Inter no ano, Pedro Henrique marcou em sete. Comparado à temporada anterior, igualou o número de gols com a camisa colorada com apenas um quarto dos jogos.

Trajetórias distintas

Além dos números, Suárez e Pedro Henrique também têm outra coisa em comum: ambos acumulam mais de uma década de experiência na Europa. Mas a comparação para por aí. Tanto a trajetória quanto o sucesso que cada um alcançou por lá foram bem diferentes.

Luisito dispensa muitas apresentações. Em 16 anos no Velho Continente, acumulou títulos e prêmios de artilheiro, como a Chuteira de Ouro de maior goleador da Europa duas vezes. Defendeu clubes como Ajax, Liverpool e viveu seu melhor momento no Barcelona, ao lado de Messi e Neymar.

Por outro lado, Pedro Henrique viveu uma realidade distinta no futebol europeu, embora tenha se consolidado por 11 anos no exterior até voltar ao Brasil, no ano passado, para vestir a camisa do clube do coração.

Após início de carreira no interior gaúcho, rodou pela Europa. Foram seis países no currículo do atacante, a maioria de mercados "periféricos" do futebol: Suíça (FC Zurich), França (Rennes), Grécia (PAOK), Azerbaijão (Qarabag), Cazaquistão (Astana) e Turquia (Kayserispor e Sivasspor).

À exceção da França, o goleador colorado foi campeão por onde passou, entre copas e ligas nacionais. Ainda desconhecido, retornou ao futebol brasileiro para ganhar a projeção que nunca teve. Aos 32, virou peça importante no Inter de Mano Menezes.

Neste domingo, os dois jogadores estarão frente a frente pela primeira vez como referências ofensivas de Grêmio e Inter. O clássico 438 acontece às 20h deste, na Arena, pela 10ª rodada do Gauchão, com transmissão exclusiva do Premiere para todo o Brasil.

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