A suinocultura
industrial foi um dos grandes destaques do agronegócio catarinense em 2020, que
teve aumento de 35% no faturamento com a exportação do produto. Santa Catarina
embarcou mais de 523,3 mil toneladas de carne suína, obtendo US$ 1,2 bilhão de
dólares em receitas cambiais. Os principais destinos foram, entre 67 países,
China, Chile, Hong Kong e Japão. O Estado respondeu por 52% do total exportado
pelo Brasil.
Para o
diretor executivo da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e do Sindicato
da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina
(Sindicarne), Jorge Luiz de Lima, o recorde é histórico e marca a
ascensão do setor. “Não tivemos, historicamente, um resultado tão positivo, nem
nas épocas áureas da suinocultura, nos anos 2004 e 2005. Foi a primeira vez que
ultrapassamos a casa do US$ 1 bilhão de dólares na exportação. Além disso,
consolidamos os preços dentro do mercado interno, que são compatíveis com os
custos de produção”, avalia.
A qualidade da
carne suína catarinense, tanto no mercado externo quanto no interno, também é
destaque. O Estado possui um status sanitário diferenciado: é o único do País
reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de
febre aftosa sem vacinação. “Temos um produto consolidado e de extrema
qualidade”, frisa o dirigente.
No mercado externo,
a China é o maior parceiro de Santa Catarina: respondeu por mais de 60% das
exportações de carne suína em 2020. “O país vem se recuperando da peste suína
africana, que abalou seu mercado interno, mas as aquisições chinesas
continuarão acontecendo em bom volume, pois mesmo com toda a produção interna,
a China reconhece que o nosso produto é de excelência. São quase 1,4 bilhão de
habitantes, há espaço dentro do mercado chinês para o produto catarinense”,
analisa Lima.
De acordo com o
diretor executivo da ACAV e do Sindicarne, neste ano deverão ser mantidos os
patamares de 2020. Para isso, enfatiza a importância de agregar valor ao
produto, manter o mercado aquecido, a qualidade e o diferencial que o Estado
oferece para o mundo, tanto na linha in natura quanto nas carnes premium.
“Queremos manter o patamar alto. É um processo de ganha-ganha: ganha o
produtor, a indústria, o Estado e o Brasil”, assinala, ao acrescentar que o
crescimento tem que ser orgânico e sólido. “Assim, o mercado continuará tendo a
confiabilidade que sempre teve pela qualidade do produto catarinense”.
AGROINDÚSTRIA
O
setor agroindustrial teve contribuição efetiva no ano de 2020 na geração de
emprego e renda em Santa Catarina. Considerado serviço essencial
durante o ano de pandemia, a atividade se manteve hígida durante o ano, afastou
o grupo de risco conforme as portarias do Governo do Estado, fez a reposição de
pessoas para o lugar das afastadas e contratou em decorrência da expansão do
processo produtivo e do sucesso da exportação.
“Foi
o maior gerador de emprego durante 2020, mesmo com toda a crise que assola o
Brasil em decorrência do coronavírus. Assim esperamos nos manter. Geramos mais
de 60 mil vagas de emprego em Santa Catarina e buscamos sempre a
qualificação profissional, a produção de qualidade e a proteção dos
trabalhadores”, finaliza Jorge Luiz de Lima.
>>>Clique e receba notícias do JRTV Jornal Regional diariamente em seu WhatsApp.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook