Foto: Gelson Bampi/Sistema Fiep
O superávit da balança comercial brasileira
chegou a US$ 58,37 bilhões no acumulado do ano, até a quarta semana de outubro,
com aumento de 32,3%, pela média diária, sobre o período de janeiro a outubro
de 2020. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$
402,88 bilhões, subindo 36,9%. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira
(25/10) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia,
as exportações em 2021 chegaram a US$ 230,62 bilhões, com aumento de 36,3%, e
as importações subiram 37,7%, atingindo US$ 172,26 bilhões.
Já no acumulado do mês, as exportações subiram 30,5% e chegaram a
US$ 17,27 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 15,48 bilhões, com
crescimento de 55,8%. O superávit no mês recuou 45,7%, para US$ 1,79 bilhão,
mas a corrente de comércio subiu 41,4% e alcançou US$ 32,75 bilhões.
Considerando apenas a quarta semana de outubro, as exportações
chegaram a US$ 4,815 bilhões. As importações alcançaram US$ 5,186 bilhões, o
que resultou em uma corrente de comércio de US$ 10,001 bilhões, com um déficit
de US$ 371 milhões no período.
Exportações no mês
Nas exportações, comparadas a média diária até a quarta semana
deste mês (US$ 1,151 bilhão) com a de outubro de 2020 (US$ 882,47 milhões),
houve crescimento de 30,5%, impulsionado pela alta das vendas nos três setores
– Indústria Extrativista (+36,6%), Indústria de Transformação (+29,4%) e
Agropecuária (+25,9%).
Na Indústria Extrativista, destacaram-se as altas nas exportações
de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+126,1%); minério
de ferro e seus concentrados (+7,7%); outros minerais em bruto (+54,8%) e
pedra, areia e cascalho (+77,8%).
A alta das exportações na Indústria de Transformação refletiu,
principalmente, o desempenho das vendas de óleos combustíveis de petróleo ou de
minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+352,9%); produtos laminados planos
de ferro ou aço não ligado, não folheados ou chapeados, ou revestidos
(+1.038%); carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou
congeladas (+62,8%); produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado,
folheados ou chapeados, ou revestidos (+1.680,3%) e produtos semiacabados,
lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+89,7%).
Já as vendas de produtos agropecuários subiram com a contribuição
das exportações de soja (+115,9%); café não torrado (+23,1%); frutas e nozes
não oleaginosas, frescas ou secas (+20,2%); especiarias (+86,1%) e madeira em
bruto (+54,5%).
Importações no mês
Do lado das importações, a média diária até a quarta semana de
outubro de 2021 (US$ 1,03 bilhão) representou um aumento de 55,8% sobre a média
de outubro do ano passado (US$ 662,27 milhões). Os aumentos foram registrados
nas compras da Indústria de Transformação (+51%), da Agropecuária (+46%) e,
também, de produtos da Indústria Extrativista (+163,7%).
Na Indústria de Transformação, o aumento das importações teve como
destaque as compras de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes
brutos (+199,8%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos,
exceto óleos brutos (+157,9%); medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto
veterinários (+103,4%); geradores elétricos giratórios e suas partes (+349,7%)
e válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos,
transístores (+44,2%).
A alta das importações na Agropecuária foi puxada pelas compras de
milho não moído, exceto milho doce (+455,7%); pescado inteiro vivo, morto ou
refrigerado (+71,3%); cevada, não moída (+175,1%); látex, borracha natural,
balata, gutapercha, guaiúle, chicle e gomas naturais (+91,2%) e trigo e
centeio, não moídos (+11,3%).
Já a Indústria Extrativista registrou alta, principalmente, nas
importações de gás natural, liquefeito ou não (+544%); óleos brutos de petróleo
ou de minerais betuminosos, crus (+184,7%); carvão, mesmo em pó, mas não
aglomerado (+64,9%); outros minérios e concentrados dos metais de base
(+385,4%) e outros metais em bruto (+19,5%).
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