Tubarão-mangona foi o responsável por ferimento em surfista de Navegantes
Um surfista foi socorrido pelos bombeiros na manhã desde
domingo (24), em Navegantes, depois de ter sido mordido no pé por um animal
marinho. Ele subiu na prancha e seguiu até a faixa de areia, onde foi resgatado
por guarda-vidas e levado ao hospital, mas passa bem. As marcas do ferimento
foram analisadas pelo curador do Museu Oceanográfico da Univali, em Balneário
Piçarras, que identificou tratar-se de uma mordida de tubarão-mangona.
O pesquisador fez a identificação ao observar o formato e a extensão das lesões, que atingiram a sola e o peito do pé do surfista. Soto afirma que o corte paralelo, associado aos pequenos furos na parte de cima do pé, são típicos de dentes alongados cônicos, como são os do tubarão-mangona. É algo diferente da maioria das outras espécies de tubarões, que têm dentes triangulares e achatados.
- O tubarão-mangona tem dentes disformes, virados para dentro. Por isso ele tem muito cuidado com o que morde, porque tem muita sensibilidade.
Jules Soto acredita que o tubarão estivesse em busca de alimento e tenha mordido de leve o pé do surfista para ‘sondar’ do que se tratava. Esse é um comportamento típico da espécie.
Um ataque semelhante ocorreu em Santa Catarina em março de 2016, quando o tubarão mordeu um banhista na Praia do Estaleiro, em Balneário Camboriú. Rafael Hermes Thomas, 41 anos, foi atingido na cabeça pelo animal assim que mergulhou na arrebentação. Socorrido pelos guarda-vidas, ele foi levado ao hospital Ruth Cardoso e precisou levar pontos, mas não se feriu com gravidade.
O
maior risco dessas mordidas ‘leves’ de tubarão é de infecção, devido às
bactérias que estão presentes na boca do peixe. Por isso, o ferimento demanda
cuidados especiais e acompanhamento médico.
Os
ataques recentes não são motivo para que as pessoas deixem de tomar banho de
mar em Santa Catarina.
-
Essas situações são raríssimas, as pessoas não têm que mudar seus hábitos por
isso – avalia Soto.
Raridade
Antes de ser ameaçado de extinção pela pesca predatória, o tubarão-mangona era facilmente encontrado na costa catarinense. De acordo com o curador do Museu Oceanográfico, eles eram vistos nadando a um ou dois metros de profundidade, especialmente à noite.
Com a população praticamente dizimada, o mangona sumiu das praias catarinenses. Mas outros tubarões costumam dar o ar da graça com mais frequência – entre as espécies costeiras mais comuns estão o tubarão-anjo, o cação cola-fina, o cação-bagre e o cação bico-doce.
Vez
ou outra, espécimes raros também aparecem. Em 2019, por exemplo, um anequim,
conhecido como o tubarão mais rápido do mundo, surgiu na praia em Itapema.
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