Imagem de wirestock no Freepik
Duas unidades escolares foram fechadas na manhã desta
quarta-feira (17) em decorrência de um surto de “mão, pé, boca” entre as
crianças de zero a cinco anos. Foi no município de Belmonte. A decisão de fechar as
escolas foi da Secretaria de Educação e da Secretaria de Saúde, por meio da
Vigilância Sanitária e Epidemiológica.
A medida foi adotada para a desinfecção e também para
obedecer um período de quarentena a fim de eliminar o vírus das instalações,
brinquedos e utensílios. Segundo a Vigilância, a orientação aos pais é de que,
caso a criança apresente febre ou lesões nas mãos, pés e boca, evitem enviá-la
à escola ou para outras atividades em grupos.
A doença mão-pé-boca é uma enfermidade contagiosa causada
pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habitam normalmente o
sistema digestivo e também podem provocar estomatites (espécie de afta que
afeta a mucosa da boca). Embora possa acometer também os adultos, ela é mais
comum na infância, antes dos cinco anos. O nome da doença se deve ao fato de
que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca.
Sinais da doença:
- Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
- Aparecimento, na boca, amídalas e faringe, de manchas
vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para
ulcerações muito dolorosas;
- Erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas
plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital;
- Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;
- Devido à dor, surge dificuldade para engolir e muita
salivação.
A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato
direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então
através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo após recuperada, a pessoa
pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. O
período de incubação oscila entre um e sete dias. Geralmente, os sintomas são
leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum.
Tratamento
Conforme a Secretaria de Saúde de Belmonte, ainda não existe
vacina contra a doença mão-pé-boca. Em geral, como ocorre com outras infecções
por vírus, ela regride espontaneamente depois de alguns dias.
“Por isso, na maior parte dos casos, tratam-se apenas os sintomas.
Medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves. O ideal é
que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem,
apesar da dor de garganta”, orienta o órgão.
Recomendações
- Nem sempre a infecção pelo vírus Coxsackie provoca todos os
sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões parecidas com
aftas na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor de garganta
são os sintomas predominantes;
- Alimentos pastosos, como purês e mingaus, assim como gelatina
e sorvete, são mais fáceis de engolir;
- Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água são
indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que podem ser
ingeridos em pequenos goles;
- Lembre-se sempre de lavar as mãos antes e após lidar com a
criança doente, ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha,
insista para adquirir e mantenha esse hábito de higiene mesmo após curada;
- Evitar, dentro do possível, o contato muito próximo com o
paciente (como abraçar e beijar);
- Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;
- Manter um nível adequado de higienização da casa, das creches
e das escolas;
- Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos;
- Afastar as pessoas doentes da escola ou do trabalho até o
desaparecimento dos sintomas (geralmente 5 a 7 dias após início dos sintomas);
- Lavar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em
contato com secreções e fezes dos indivíduos doentes com água e sabão e, após,
desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (1 colher de sopa
de água sanitária diluída em 4 copos de água limpa);
- Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em
latas de lixo fechadas.
>>> PARTICIPE DO GRUPO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook