Por muito tempo, os táquions foram considerados apenas uma hipótese que não se encaixava na teoria da relatividade. No entanto, um estudo recente publicado na revista “Physical Review D” por físicos da Universidade de Varsóvia e da Universidade de Oxford sugere que essas partículas superluminais podem, de fato, fazer sentido dentro da física.

O que são os táquions?

Táquions são partículas teóricas que se moveriam a velocidades superiores à da luz. Isso parecia impossível porque, segundo a teoria quântica, elas enfrentariam três grandes problemas:

Instabilidade: Se existissem, poderiam gerar “avalanches” descontroladas;

Mudança de observador: O número de partículas deveria ser o mesmo para qualquer observador, mas, teoricamente, ele mudaria;

Energia negativa: Partículas superluminais poderiam ter energia abaixo de zero, o que não faz sentido na física convencional.

O que o novo estudo descobriu?

A pesquisa mostrou que esses problemas surgiam porque os físicos analisavam os táquions sem considerar um fator crucial: o futuro também influencia o presente.

Para prever um processo quântico envolvendo essas partículas, não basta saber seu estado inicial – é preciso levar em conta seu estado final.

Quando esse conceito foi incorporado à teoria, os problemas desaparecem, tornando os táquions matematicamente viáveis.

Táquions podem existir na realidade?

Os autores do estudo acreditam que essas partículas podem ter um papel fundamental na formação da matéria. Segundo eles, antes da quebra espontânea da simetria, as excitações do campo de “Higgs” poderiam viajar a velocidades superluminais no vácuo.

Ainda não há evidências experimentais dessas partículas, mas a pesquisa sugere que elas podem ser mais do que apenas uma hipótese matemática. Se confirmados, os táquions poderiam mudar a compreensão sobre a natureza do tempo e do espaço.