O inverno ainda não
chegou, mas a queda de temperatura registrada nesta semana traz um alerta: é
preciso aumentar ainda mais a a atenção aos cuidados com a higiene para evitar
a disseminação de doenças, principalmente as respiratórias. Nessa época de
outono, inverno, para se proteger do frio, as pessoas tendem a ficar em locais
fechados, sem ventilação, aumentando as chances de infecção por vírus.
O médico
infectologista da Secretaria de Saúde de Santa Catarina (SES), Eduardo Campos
de Oliveira, ressalta que não é o frio que provoca doenças infecciosas. “Não é
porque a temperatura está mais baixa que nós pegamos resfriados, gripes e até
mesmo o coronavírus. Na verdade, a temperatura mais baixa faz com que os
ambientes fiquem mais fechados, as pessoas fiquem mais agrupadas nestes
ambientes e basta uma pessoa sintomática respiratória para que haja uma
disseminação mais fácil dessas viroses”, explica.
No entanto, existem
outros tipos de doenças atreladas diretamente a questão climática e a ambientes
mais secos que não estão relacionadas a infecções virais como, por exemplo,
asma, rinite e outras alergias respiratórias. Neste caso, o tempo frio
interfere e essa mudança climática pode desencadear crises dessas doenças, mas
não há transmissão de pessoa para pessoa.
O médico
infectologista da SES, Fábio Gaudenzi de Farias, explica que "normalmente
quando nós temos uma doença respiratória que não é infecciosa, uma doença
alérgica, como uma rinite, por exemplo, não há febre. Então, essa seria a
principal forma de diferenciar o que é infeccioso e o que não é.”
Prevenção é a melhor forma de
combater doenças relacionadas ao frio
Para evitar essas
doenças relacionadas com o frio, é importante manter sempre os ambientes
adequadamente ventilados, com presença do sol, isso ajuda a inativar os vírus
respiratórios.
Cuidados
individuais também são importantes como:
Lavar as mãos com
frequência;
Utilizar lenço
descartável ao tossir, espirrar ou assoar o nariz;
Cobrir a boca e o
nariz com o antebraço quando espirrar ou tossir;
Evitar tocar os
olhos, nariz e boca;
Não compartilhar
objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
Ter uma alimentação
balanceada ingerindo bastante água;
Usar máscara sempre
que sair de casa;
Evitar aglomerações
e ambientes fechados;
Evitar contato
próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas;
Evitar contato com
pessoas imunodeprimidas; não sair de casa se apresentar qualquer sinal ou
sintoma.
A idade mais
atingida vai depender do tipo de vírus respiratório que vai circular com maior
intensidade. “O vírus influenza H1N1, por exemplo, tem uma predileção maior
pelos adultos jovens e, principalmente, os adultos com comorbidades, o
influenza H3N2 tem preferência maior pelas crianças e pelos idosos. Já o Vírus
Sincicial Respiratório (VSR) tem uma predileção pelas crianças pequenas”,
explica Gaudenzi.
A verdade é que
essas doenças infecciosas como gripe, covid-19, podem causar uma série de
sinais e sintomas, desde os mais leves como coriza e mal estar momentâneo, até
quadros extremamente graves que precisam de internação, podendo levar à morte.
Por isso, sempre que houver dúvidas, a persistência de sintomas ou, ainda, a
evolução para quadros graves há a necessidade de procurar atendimento médico.
O serviço de saúde
deve ser procurado imediatamente caso o paciente apresente: dificuldade para
respirar, lábios com coloração azulada ou roxeada, dor ou pressão abdominal ou
no peito, tontura ou vertigem, vômito persistente, convulsão.
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