TJ capacita profissionais e jovens de São Miguel do Oeste sobre os riscos na Internet

03/07/2019 - 17h13

A Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude (CEIJ) e o Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS), ambos do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), realizam uma série de palestras sobre os riscos na Internet para crianças e adolescentes, no projeto "Conhecer para se Proteger", que teve início na semana passada, em São Miguel do Oeste . Segundo o policial civil Ivan Castilho, do NIS, o objetivo é capacitar profissionais da educação, rede de proteção, segurança pública, oficiais da infância e juventude, assistentes sociais do Judiciário, além de estudantes do 8o ano e do ensino médio, para a prevenção e o combate ao abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes na Internet.

Mais de 120 pessoas foram capacitadas em uma semana e o ciclo de palestras continuará para pais e estudantes. A intenção é ampliar o projeto para todo o Estado. "O objetivo principal é levar o assunto para as escolas. É muito importante mostrar para os professores os perigos de se deixar uma criança ou jovem desprotegido na Internet. Queremos despertar em todos a consciência de proteção ao navegar, com o intuito de mitigar ataques de predadores", disse o policial civil do grupo internacional de combate à exploração sexual infantil, certificado pela Embaixada dos EUA e USA/ICE (U.S. Immigrantion and Customs Enforcement).

Durante as palestras sobre segurança digital, Castilho aponta algumas dicas de como identificar os comportamentos de crianças e de adolescentes vítimas da violência cibernética. A aversão ao uso de computadores, telefones, dispositivos eletrônicos e redes sociais pode ser um sinal de alerta. Isso porque quando ocorre algum tipo de violência ou abuso na Internet, quando é uma criança que utiliza com frequência algum tipo de dispositivo ou rede social, ela passa a ficar mais isolada e sem interesse em fazer uma postagem nova. O comportamento pode ser o resultado de um trauma. Em casos extremos, o jovem pode ter aversão a fotos.

Segundo a desembargadora Rosane Portella Wolff, coordenadora da CEIJ, os esforços do Tribunal de Justiça, articulado com os demais partícipes do projeto, são para disseminar informações à prevenção de práticas ou condutas concernentes aos crimes cibernéticos. "Precisamos adotar uma postura proativa para enfrentar a crescente de crimes virtuais praticados contra crianças e adolescentes, principalmente os relacionados à violência e à exploração sexual", explica a desembargadora.

Em São Miguel do Oeste, o projeto conta com o apoio do delegado Regional de Polícia Civil, Adriano Bini, da delegada titular da DPCAMI, Lisiane Junges, e dos juízes Márcio Luiz Cristófoli e Daniel Victor Gonçalves Emendorfer, além da prefeitura e da Secretaria Estadual de Educação.


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  • Jornal Regional



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