Foto: Divulgação/ACATS
A Associação
Catarinense de Supermercados (Acats) está alertando os consumidores para o fato
de que, por influência de decisões tributárias do Governo de SC, itens de
impacto na cesta de compras de final de ano têm preços até 15% mais altos do
que em estados vizinhos. Dois dos itens mais impactados e que tem a preferência
do consumidor nesta época são os vinhos e espumantes, que em SC tem alíquota de
25% e de 17% nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná.
Outras decisões que
poderiam deixar preços de produtos mais em conta para os consumidores
catarinenses tiveram impacto apenas no âmbito dos fornecedores. Segundo a
ACATS, recentes alterações da legislação tributária estadual beneficiaram os
setores da indústria e do atacado, com redução da alíquota de 17% para 12%,
muitas vezes sem o devido repasse dessa redução ao varejo, que por sua vez não
consegue transferir a diferença no preço ao consumidor final.
Além de uma
padronização tributária por uma alíquota mais baixa, a Associação Catarinense
de Supermercados (Acats) já faz uma mobilização junto aos deputados da
Assembleia Legislativa de SC e ao Governo do Estado para defender a aplicação
de alíquota zero no ICMS sobre vinhos e espumantes produzidos em Santa
Catarina.
A defesa pelo preço
mais competitivo feita pela ACATS considera o prejuízo para o comércio formal
da concorrência desleal de produtos importados trazidos ilegalmente.
“Infelizmente isso acontece em nosso Estado, que tem fronteira com a Argentina
e a proximidade com o Paraguai, e isso afeta não só o desempenho das vendas
como a arrecadação de impostos”, alerta o Presidente da ACATS, Francisco Crestani.
- Como um dos
setores que mais contribui para a arrecadação de impostos, o varejo catarinense
precisa ser ouvido nas decisões tributárias, o que não está acontecendo. Daí
que a dona de casa chega nas gôndolas de supermercados e quando se decepciona
com a notícia de um preço mais elevado, põe a culpa no supermercado, que na
realidade, é um repassador do custo, que já vem definido pelo produtor e
fornecedor e mediante a carga tributária que lhe é aplicada. Quanto menor o
custo e menor for a alíquota, maior será a vantagem para o consumidor, porque o
supermercado é o maior interessado neste repasse porque quer sempre vender mais
e melhor – resumiu o dirigente.
Segundo dados do
setor, com apenas 1% do território nacional, Santa Catarina representa cerca de
7,5% da fatia nacional do setor em faturamento. São mais de 8,5 mil lojas de
empresas instaladas, a quase totalidade, de controle familiar e de pequeno e
médio porte, gerando cerca de 80 mil empregos diretos. Cerca de 1,5 milhão de
pessoas frequentam diariamente as lojas de supermercados catarinenses.
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