Urânio em nível potencial para bomba atômica é encontrado em usina no Irã

Imagem de wirestock no Freepik

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02/03/2023 - 09h59

Partículas de urânio enriquecidas a níveis próximos de bombas atômicas foram encontradas em uma instalação nuclear iraniana. A informação é do órgão de vigilância nuclear das Nações Unidas (ONU).

Em um relatório obtido pela CNN Internacional, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), com sede em Viena, confirmou que partículas de urânio enriquecidas com 83,7% de pureza foram encontradas na Usina de Enriquecimento de Combustível Fordow do Irã.

Ela é uma instalação nuclear subterrânea localizada a cerca de 32 quilômetros a Nordeste da cidade de Qom, cidade localizada a sudoeste de Teerã.

O valor encontrado é próximo aos níveis de enriquecimento de 90% necessários para fazer uma bomba atômica.

De acordo com o relatório da ONU, em janeiro, a AIEA coletou amostras ambientais na usina de Fordow, que mostraram a presença de partículas de urânio altamente enriquecido com até 83,7% de pureza.

Posteriormente, a agência informou ao Irã que essas descobertas eram “inconsistentes com o nível de enriquecimento na usina de Fordow conforme declarado pelo Irã e solicitou ao Irã que esclarecesse as origens dessas partículas”.

Segundo o relatório da AIEA, o estoque de urânio do Irã enriquecido em até 60% também cresceu de 25,2 kg para 87,5 kg desde o último relatório trimestral.

O relatório da AIEA obtido pela emissora aponta também que as discussões com o Irã para esclarecer o assunto estão em andamento, observando que “esses eventos indicam claramente a capacidade da AIEA de detectar e relatar mudanças na operação de instalações nucleares no Irã”.

O Irã removeu no ano passado todos os equipamentos da AIEA instalados anteriormente para atividades de vigilância e monitoramento relacionadas ao acordo nuclear, o “Plano de Ação Conjunto Abrangente”.

Na terça, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que o relatório da AIEA representa potencialmente um “desenvolvimento muito sério”.

“Estamos em contato próximo com nossos aliados e parceiros na Europa e na região enquanto aguardamos mais detalhes da AIEA sobre esse desenvolvimento potencialmente muito sério”, completou.

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