Foto: Hélia Scheppa SEI/ Fotos Públicas
De acordo com o
Ministério da Saúde, a recomendação é que a vacinação seja adiada por até
quatro semanas depois do teste positivo para a Covid-19.
A imunização deve ser suspensa até a total recuperação da pessoa infectada.
No caso de quem não
tem sintomas da doença, a vacina pode ser feita após quatro semanas da primeira
amostra positiva de PCR.
O pediatra Juarez Cunha, presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), explica que o intervalo é o mesmo recomendado em outros países e que a orientação também vale para as pessoas que tiveram contato com infectados.
“Porque muitas vezes as pessoas têm a covid diagnosticada em outras pessoas da família. Então, não necessariamente é só o teste positivo”, afirma. A orientação se deve ao fato de que a piora clínica do paciente com Covid-19 pode ocorrer em até duas semanas após a infecção.
Desenvolvimento de anticorpos
Segundo Cunha, a
vacinação deve ser evitada nesses casos porque o organismo da pessoa infectada
já está desenvolvendo naturalmente anticorpos contra a doença.
“E o que que a
vacina passa é também a promoção de anticorpos. Então, como a pessoa já está
com o quadro de covid, procuramos fazer a vacina mais tardia, exatamente para
não interferir na resposta imunológica”, explica.
No caso das pessoas
que já tomaram a primeira dose e são diagnosticadas com a doença no período em
que devem fazer a segunda aplicação, a recomendação é a mesma, inclusive no
caso de assintomáticos. “Também devem esperar quatro semanas e retardar um pouquinho
a aplicação”, afirma Cunha.
Vale ressaltar que
as vacinas não são 100% eficazes e não impedem que a pessoa imunizada seja
infectada, ou seja, ainda é possível desenvolver um quadro leve da doença, ou
de forma assintomática, após a imunização.
Além disso, as
vacinas anticovid em aplicação no Brasil, com exceção do imunizante da Johnson,
são aplicadas em duas doses, então a pessoa só é considerada completamente
imunizada após a segunda aplicação.
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