Por conta da pandemia da Covid-19, a Campanha
Nacional de Vacinação contra a Influenza vai acontecer apenas em abril neste
ano. Foram adquiridas 80 milhões de doses para a imunização dos grupos
prioritários.
A recomendação é de que a vacinação contra as duas enfermidades não seja simultânea. A área técnica do Ministério da Saúde recomenda que haja um intervalo de 14 dias na aplicação das vacinas. Ou seja, caso um idoso seja vacinado contra a Covid-19, ele terá que esperar duas semanas para receber a proteção contra a gripe.
“Ao se considerar a ausência de estudos de coadministração das vacinas Influenza e Covid-19, neste momento não será recomendada a administração simultânea das vacinas contra Covid-19 com as de outras doenças”, explica a pasta, em nota.
O
secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, enviou aos
estados e aos conselhos Nacional de Secretários de Saúde, de Secretarias
Municipais de Saúde e de Secretarias Municipais de Saúde um ofício orientando
como será a campanha.
“Nunca
houve uma campanha de vacinação dessa magnitude, iniciada em tão pouco tempo.
E, ao considerar também a grande abrangência da campanha de influenza, assim
como a sobreposição da população-alvo, faz-se necessária uma organização e
programação orquestrada e bem articulada para operacionalização de ambas as
campanhas”, finaliza.
Faltam
estudos
Técnicos da Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) também avaliaram o uso das vacinas
simultaneamente. Contudo, a falta de estudos da “combinação” levou a autarquia
a não recomendar o uso concomitante.
“Nos estudos disponíveis e avaliados até o
momento para autorização do uso emergencial das duas vacinas em uso no país
(CoronaVac e Oxford), não há informação disponíveis sobre interações com outras
vacinas para Covid-19 ou outras vacinas como influenza”, explica a agência, em
nota.
O órgão regulador ainda faz um alerta.
“Ressaltamos que no uso emergencial estamos tratando de produtos inéditos e com
estudos ainda em desenvolvimento”, finaliza.
A
campanha
Segundo o Ministério da Saúde, a
campanha já está sendo organizada com as secretarias estaduais de Saúde. Apesar
de ter definido o mês de início, a pasta ainda não informou a data exata para o
início da campanha.
Além dos idosos, fazem parte do programa de
vacinação: profissionais da saúde, da segurança, da educação e do sistema
prisional; doentes crônicos; adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e
presidiários; caminhoneiros e profissionais de transporte coletivo; indígenas;
crianças de 6 meses a 6 anos; pessoas com deficiência; gestantes; e puérperas
até 45 dias após o parto.
A vacina demora 15 dias para fazer efeito
no organismo. Por isso, o Ministério da Saúde planeja o cronograma
para antes do inverno, período de maior circulação do vírus influenza.
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