As vacinas que
forem doadas à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) pela
farmacêutica chinesa Sinovac, a CoronaVac, se entrarem no Brasil, deverão ser
“integralmente doadas” ao SUS. É o que afirma a Anvisa em nota divulgada nesta
quarta-feira (14).Segundo o comunicado, as doações
seguem a dinâmica da Lei nº 14.125/2021, que autoriza vacinas contra o novo
coronavírus (covid-19) a serem importadas de forma “excepcional e temporária”,
desde que repassadas ao SUS, “a fim de serem utilizadas no âmbito do Programa
Nacional de Imunizações [PNI]”. Ainda conforme a nota, somente após a
imunização dos grupos prioritários é que “pessoas jurídicas de direito privado
poderão, atendidos os requisitos legais e sanitários, adquirir, distribuir e
administrar” os imunizantes, sob condição de que “pelo menos 50% das doses
sejam, obrigatoriamente, doadas ao SUS e as demais sejam utilizadas de forma
gratuita”.
Na nota, a Anvisa
esclareceu que não recebeu, até o momento, pedido de importação dos
imunizantes.
Na última
terça-feira (13), a Conmebol anunciou que receberá da Sinovac uma doação de 50
mil doses de vacinas contra covid-19 para imunizar jogadores profissionais de
“torneios de primeira categoria” do futebol sul-americano. Em 2021, a entidade
realizará a Copa América em dois países (Argentina e Colômbia) e pretende,
segundo entrevista recente do presidente Alejandro Domínguez, que o torneio
tenha público nos estádios, mediante vacinação.
A vacinação
prioritária de atletas é discutida como forma de viabilizar a realização da
Olimpíada de Tóquio (Japão). Jogadoras da seleção brasileira de futebol
feminino, como a zagueira Rafaelle e a meia-atacante Andressa Alves, porém,
estão entre os esportistas que discordam e entendem que há grupos de pessoas
com maior necessidade de acesso aos imunizantes.
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