Delegado Sandro Zancanaro defendeu tratamento isonômico entre carreiras da segurança pública
Os vereadores de
São Miguel do Oeste solicitam ao governador do Estado e aos deputados estaduais
de Santa Catarina que a reforma da previdência estadual alcance todos os
integrantes da segurança pública. Os vereadores sugerem estender para as
carreiras da Polícia Civil, da Polícia Penal e Instituto Geral de Perícias
todas as regras de aposentadoria já previstas para os policiais militares,
assegurando tratamento isonômico.
O pedido foi feito
através de moção de apelo aprovada na sessão desta quinta-feira (13) e enviada
às autoridades estaduais. A proposição é de autoria de Everaldo Di Berti (PSD),
Carlos Grassi (PP), Cássio da Silva (MDB), Cláudio Barp (MDB), Elias Araújo
(PSD), José Giovenardi (PL), Maria Tereza Capra (PT), Odemar Marques (PDT),
Sergio Paludo (MDB), Silvia Kuhn (MDB), Vagner Passos (PSD) e Vanirto Conrad
(PDT).
Conforme os
vereadores, entre as alterações previstas para as três carreiras, há previsão
de reduzir a pensão dos dependentes para 50%, diferente “do tratamento
dispensado aos policiais militares, que garante a integralidade, paridade e a
pensão de 100%”. “O Estado de Santa Catarina possui um dos melhores índices
nacionais de avaliação no quesito segurança, mas isso somente é possível diante
dos esforços despendidos por todas as carreiras integrantes da segurança
pública estadual. Entendemos como justa a paridade e integralidade de todos os
direitos e benefícios às carreiras mencionadas, sem exceções”, ressaltam os
autores da moção.
O delegado Sandro
Zancanaro, ao defender a moção, ressaltou que há uma ideia equivocada na
sociedade de que a Polícia Civil não corre riscos como os policiais militares.
Ele lembrou que os policiais não fazem apenas trabalho burocrático, mas que
atendem ocorrências, prestam plantão, atuam presencialmente em todos os locais
que envolvem crimes graves; que cumprem mandados de busca e apreensão e de
prisão. “É difícil explicar o perigo, o estresse e a adrenalina que é entrar na
casa de uma pessoa às 6h da manhã, uma pessoa que sabemos que é perigosa”,
explicou Zancanaro, referindo-se aos cumprimentos de mandado de prisão.
Zancanaro disse que
os policiais são alvos dos grandes grupos perigosos e organizações criminosas
do país; que durante as investigações diversos policiais civis são ameaçados de
morte. “Também não são raras as situações em que a Polícia Civil é envolvida em
tiroteios”, acrescentou. Ele defendeu que, ao enfrentar situações perigosas
todos os dias, as demais carreiras da segurança pública devem ter tratamento
isonômico. “Queremos o mesmo tratamento [que os policiais militares]”,
finalizou.
O documento será
entregue ao governador Carlos Moisés da Silva, ao presidente da Alesc, deputado
Júlio Garcia, e aos demais deputados estaduais.
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