Vereadores querem que regras de aposentadoria para PMs se estendam para outras categorias da segurança pública
Moção de apelo ao governador do Estado e aos deputados estaduais pede tratamento isonômico entre categorias de servidores na reforma da previdência estadual.

Delegado Sandro Zancanaro defendeu tratamento isonômico entre carreiras da segurança pública

Delegado Sandro Zancanaro defendeu tratamento isonômico entre carreiras da segurança pública

14/02/2020 - 12h25

Os vereadores de São Miguel do Oeste solicitam ao governador do Estado e aos deputados estaduais de Santa Catarina que a reforma da previdência estadual alcance todos os integrantes da segurança pública. Os vereadores sugerem estender para as carreiras da Polícia Civil, da Polícia Penal e Instituto Geral de Perícias todas as regras de aposentadoria já previstas para os policiais militares, assegurando tratamento isonômico.

O pedido foi feito através de moção de apelo aprovada na sessão desta quinta-feira (13) e enviada às autoridades estaduais. A proposição é de autoria de Everaldo Di Berti (PSD), Carlos Grassi (PP), Cássio da Silva (MDB), Cláudio Barp (MDB), Elias Araújo (PSD), José Giovenardi (PL), Maria Tereza Capra (PT), Odemar Marques (PDT), Sergio Paludo (MDB), Silvia Kuhn (MDB), Vagner Passos (PSD) e Vanirto Conrad (PDT).

Conforme os vereadores, entre as alterações previstas para as três carreiras, há previsão de reduzir a pensão dos dependentes para 50%, diferente “do tratamento dispensado aos policiais militares, que garante a integralidade, paridade e a pensão de 100%”. “O Estado de Santa Catarina possui um dos melhores índices nacionais de avaliação no quesito segurança, mas isso somente é possível diante dos esforços despendidos por todas as carreiras integrantes da segurança pública estadual. Entendemos como justa a paridade e integralidade de todos os direitos e benefícios às carreiras mencionadas, sem exceções”, ressaltam os autores da moção.

O delegado Sandro Zancanaro, ao defender a moção, ressaltou que há uma ideia equivocada na sociedade de que a Polícia Civil não corre riscos como os policiais militares. Ele lembrou que os policiais não fazem apenas trabalho burocrático, mas que atendem ocorrências, prestam plantão, atuam presencialmente em todos os locais que envolvem crimes graves; que cumprem mandados de busca e apreensão e de prisão. “É difícil explicar o perigo, o estresse e a adrenalina que é entrar na casa de uma pessoa às 6h da manhã, uma pessoa que sabemos que é perigosa”, explicou Zancanaro, referindo-se aos cumprimentos de mandado de prisão.

Zancanaro disse que os policiais são alvos dos grandes grupos perigosos e organizações criminosas do país; que durante as investigações diversos policiais civis são ameaçados de morte. “Também não são raras as situações em que a Polícia Civil é envolvida em tiroteios”, acrescentou. Ele defendeu que, ao enfrentar situações perigosas todos os dias, as demais carreiras da segurança pública devem ter tratamento isonômico. “Queremos o mesmo tratamento [que os policiais militares]”, finalizou.

O documento será entregue ao governador Carlos Moisés da Silva, ao presidente da Alesc, deputado Júlio Garcia, e aos demais deputados estaduais.

>>>Clique e receba notícias do JRTV Jornal Regional diariamente em seu WhatsApp.


  • por
  • Jornal Regional



DEIXE UM COMENTÁRIO

Facebook