Uma campanha promovida pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Associação dos Magistrados
Brasileiros (AMB) pretende incentivar as vítimas de violência doméstica a
denunciarem agressões nas farmácias.
Pela campanha Sinal
Vermelho contra a Violência Doméstica, que será lançada nesta quarta-feira(10), basta
mostrar um X vermelho na palma da mão para que o atendente ou o farmacêutico
entenda tratar-se de uma denúncia e em seguida acione a polícia e encaminhe o
acolhimento da vítima.
A ação é voltada
para as mulheres que têm dificuldade para prestar queixa de abusos, seja por
vergonha ou por medo. “A vítima, muitas vezes, não consegue denunciar as
agressões porque está sob constante vigilância. Por isso, é preciso agir com
urgência”, disse a presidente da AMB, Renata Gil, de acordo com o material da
campanha.
Cerca de 10 mil
farmácias de todo o país, filiadas a duas associações do setor, são parceiras
na iniciativa. Segundo o material da campanha, atendentes e farmacêuticos
seguirão protocolos preestabelecidos para lidar com a situação e não
necessariamente serão chamados a testemunhar nos casos.
Entre março e abril
deste ano, já em meio à pandemia do novo coronavírus, os casos de
feminicídio cresceram 22,2% em
relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com um levantamento feito em
12 estados e divulgado na semana passada pelo Fórum Brasileiro de Segurança
Pública (FBSP).
No mesmo
levantamento, o FBSP apontou queda na abertura de boletins de ocorrência
ligados à violência doméstica. Para a entidade, os dados do levantamento
demonstram que, ao mesmo tempo em que estão mais vulneráveis durante a crise
sanitária, as mulheres têm tido mais dificuldade para formalizar queixa contra
os agressores.
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