Flavia Barcelos Martins - Médica Clínico Geral
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, considera-se
uso racional de medicamento quando pacientes recebem medicamentos para suas
condições clínicas em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um
período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade. O uso
irracional ou inadequado de medicamentos é um dos maiores problemas em nível
mundial. Segundo dados da OMS estima-se que mais da metade de todos os
medicamentos são prescritos, dispensados ou
vendidos de forma inadequada, e que metade de todos os pacientes não os utiliza corretamente, resultando
em risco para a saúde e desperdício financeiro. O uso racional de medicamentos
contempla dose e tempo certos, conservação e descarte além de alertar sobre os
perigos da automedicação (o uso por conta de algum medicamento, sem ter sido
indicado por um profissional da saúde habilitado para prescrever). O objetivo é
promover a saúde e evitar problemas pelo consumo inadequado.
Nem todas as doenças exigem o uso de medicamentos; alguns
problemas são de duração muito curta e podem desaparecer mesmo sem o uso de
medicamentos.
Medicamentos são produtos que servem para prevenir o
aparecimento de doenças (por exemplo, vacinas), aliviar sintomas ou sinais (por
exemplo, medicamentos contra dor e febre), controlar doenças crônicas e reduzir
o risco de complicações (por exemplo, medicamentos para pressão alta, diabetes,
asma...), recuperar a saúde (por exemplo, antibióticos) ou auxiliar no
diagnóstico de doenças (por exemplo, contrastes utilizados em radiologia e
outros exames). Além do mais fitoterápicos, homeopáticos são medicamentos e
ervas in natura podem apresentar efeitos colaterais ou interagir com
medicamentos.
Qual a importância do uso racional de medicamentos
O principal motivo é preservar a saúde e a vida,
tanto do paciente quanto das pessoas ao seu redor. Por isso, indicar substâncias inadequadas, ou
na dosagem errada, além de não resolver o problema, pode agravar o quadro
e levar a outras consequências.
Além do mais, se automedicar, ou sugerir o uso de remédios
quando não se é habilitado para isso, pode resultar em diversas e sérias
consequências como alergias, piora da doença ou surgimento de outras.
Quanto ao descarte inadequado pode colocar em risco
outras pessoas. Por exemplo, ao jogar remédios em lixo comum, pode
incentivar ou facilitar que esse medicamento seja encontrado e consumido
inadequadamente ou até mesmo para que contamine o solo. Jogar sobras em
pias e vasos sanitários, um hábito bastante comum da população, pode contaminar
a rede de esgoto, água, leitos de rios, entre outros.
A fim de evitar todos esses problemas, o uso racional de
medicamentos deve seguir estes princípios:
- Prescrição médica: a orientação de um profissional é
fundamental para não consumir substâncias inadequadas, ineficaz ou que possam
prejudicar sua saúde;
- Dose certa - dosagem certa do medicamento é o que garante a
sua eficácia e resolução dos sintomas;
- Tempo de uso correto: O alívio da dor ou o
desaparecimento dos sintomas ou sinais não significa a cura da doença. A
interrupção do tratamento antes do prazo informado na receita pode resultar em
agravamento da doença;
- Armazenamento adequado: guardá-lo da maneira certa, garante
a qualidade, não perda do princípio ativo e eficácia do produto. Além disso,
evite trocar a embalagem original do remédio, pois além de conter
informações importantes sobre o produto, como data de validade, pode gerar
confusão e resultar no consumo errado de medicamentos;
- Descarte certo: encontrar postos de coleta para
esse tipo de produto, geralmente dispostos em farmácias ou unidades de saúde.
Dicas importantes:
- Informe ao profissional da saúde todos os medicamentos que
faz uso, para que não ocorra interação medicamentosa;
- Informe os problemas que você já teve por causa de um medicamento
(tais como: dor de cabeça, tontura, enjoo, tosse etc.);
- Nunca saia de um consultório com dúvidas, tire-as todas
durante a consulta, não tenha vergonha;
- Lembre-se de informar possibilidade de gravidez ou se está
amamentando;
- Ao receber um medicamento, seja em uma farmácia, posto de
saúde, confira o que está recebendo, verifique se o nome da medicação, a
concentração e a forma farmacêutica estão corretas;
- Sempre lave bem as mãos antes de tomar qualquer medicamento;
- Jamais altere a dose prescrita;
- Em caso de comprimidos, só corte -os quando tiver a divisão
e com o auxílio do cortador de comprimidos;
- Seu amigo, parente, vizinho pode ter um problema de saúde
parecido com o seu e tomar determinado medicamento, isso não significa que esse
tratamento será bom para você, pois os remédios podem agir de forma diferente
em cada organismo.
Lembre-se: Você é a parte principal para que um tratamento
tenha bom resultado!
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- por
- Jornal Regional
- FONTE
- Hospital Regional Terezinha Gaio Basso de São Miguel do Oeste | Flavia Barcelos Martins - Médica Clínico Geral - CRM/SC 10257 | Diretor Técnico - Vinicius Negri Dall’Inha - Cirurgião Oncológico – CRM 15904 / RQE 13771
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