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A reoneração da gasolina e do etanol a partir de março está assegurada, confirmou há pouco a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda. A assessoria de imprensa informou que a alíquota da gasolina subirá mais que a do etanol, alinhada com o princípio de onerar mais os combustíveis fósseis.
Segundo a pasta, o formato do aumento das alíquotas está sendo discutido entre o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, e a diretoria da Petrobras, no Rio de Janeiro, mas já está certo que a arrecadação será recomposta em R$ 28,88 bilhões neste ano, conforme anunciado pelo ministro Fernando Haddad, em janeiro.
Segundo a pasta, a
reoneração terá caráter social, para “penalizar menos o consumidor”, e
econômico, para preservar a arrecadação.
O formato da
reoneração e os valores ainda estão sendo definidos entre Galípolo e Jean-Paul
Prates.
De acordo com a
assessoria, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poderá conceder uma
entrevista coletiva para explicar o aumento das alíquotas assim que sair a
decisão.
No ano passado, o
ex-presidente Jair Bolsonaro zerou as alíquotas do Programa de Integração
Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
(Cofins) para a gasolina, o etanol, o diesel, o biodiesel, o gás natural e o
gás de cozinha.
Em 1º de janeiro, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Medida Provisória 1.157,
que previa a reoneração da gasolina e do etanol a partir de 1º de março e a dos
demais combustíveis em 1º de janeiro de 2024.
Antes da
desoneração, o PIS/Cofins era cobrado da seguinte forma: R$ 0,792 por
litro da gasolina A (sem mistura de etanol) e de R$ 0,242 por litro do etanol.
Entre as possibilidades discutidas por Galípolo e a Petrobras, estão a absorção
de parte do aumento das alíquotas pela Petrobras, porque a gasolina está acima
da cotação internacional, e a redistribuição de parte das alíquotas originais
da gasolina para o etanol.
Caso ocorra essa
redistribuição, a gasolina poderia pagar, por exemplo, R$ 0,70 de PIS/Cofins
por litro; e o etanol, R$ 0,33.
O repasse efetivo
do aumento das alíquotas aos consumidores dependerá das distribuidoras e dos
postos de combustíveis. No início do ano, ao anunciar o pacote com medidas para
melhorar as contas públicas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou
que a recomposição dos tributos renderá R$ 28,88 bilhões ao caixa do governo em
2023.
Só em janeiro,
segundo cálculos da Receita Federal divulgados na semana passada, o governo
deixou de arrecadar R$ 3,75 bilhões com a prorrogação da alíquota zero.
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