Governo Trump está
perto de declarar que 89 empresas chinesas não poderão comprar uma variedade de
produtos e tecnologia dos EUA.
Segundo informações publicadas pela Reuters, o governo Trump quer punir 89 empresas de aviação chinesas e diversas outras companhias por supostas ligações com os militares chineses.
A “lista negra” dos EUA também faz referência a 28 entidades russas, incluindo a Irkut, cujo objetivo é o ingresso no mercado de Boeing com o desenvolvimento do jato MC-21.
As citadas na lista
podem sofrer uma série de restrições para importar produtos dos EUA. Itens como
softwares de computador, processadores de texto, osciloscópios digitais, e
peças e componentes de aeronaves estão inclusos no documento.
O Departamento de
Comércio norte-americano disse que a capacidade de controlar o fluxo de
tecnologia dos EUA para as empresas listadas era “vital para proteger os
interesses de segurança nacional do país”.
O porta-voz do
Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse que a China “se
opõe firmemente à supressão não provocada das empresas chinesas pelos Estados
Unidos”.
Firmas como
Commercial Aircraft Corp of China Ltd (COMAC), Aviation Industry Corporation of
China (AVIC) e outras foram adicionadas à lista que identifica as empresas
chinesas e russas como “usuários com finalidade militar”.
De acordo com o
ex-funcionário do Departamento de Comércio, Kevin Wolf, a lista pode ser
modificada antes de ser liberada pelo Registro Federal em meados de dezembro,
quando o Colégio Eleitoral vota para um novo presidente.
Porém, “apenas
criar uma lista e preenchê-la é um ato provocativo” que pode desencadear
retaliação de Pequim, disse um ex-funcionário não identificado dos EUA e citado
pela Reuters.
Para ele, a
listagem também ser um aceno aos concorrentes europeus isentos das restrições
aos mercados dos EUA.
A notícia a
respeito da lista acontece em um momento delicado para a indústria
aeroespacial norte-americana. A Boeing busca a aprovação chinesa para seu 737
MAX, depois que ele foi aprovado pelos reguladores dos EUA na semana passada.
Em março de 2019, a
China foi a primeira nação a suspender o jato após dois acidentes fatais. A
Agência de Segurança da Aviação da UE (EASA) também permitiu que o avião
voltasse ao voo em meados de outubro, depois que os reguladores declararam que
as mudanças necessárias haviam sido feitas.
A China foi o
primeiro país a pousar a aeronave em março do ano passado, depois de dois
acidentes mortais de avião, matando 346 pessoas.
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