Apesar dos rendimentos menores na comparação com outros
investimentos, a poupança continua sendo a modalidade favorita entre os
brasileiros que guardam algum dinheiro. Segundo pesquisa da Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC
Brasil), essa é a escolha de 65% das pessoas.
A segunda forma de poupar mais comum entre os
brasileiros é deixar dinheiro em casa, citada por 25% dos entrevistados - ainda
que a prática seja motivo de alerta entre especialistas por questões de
segurança. Já deixar dinheiro parado na conta corrente é a opção de 20%. Apenas
8% dizem que investem em previdência privada e 8%, no Tesouro Direto.
O levantamento aponta que o perfil conservador do brasileiro ajuda a explicar esses números.
Entre as justificativas para não procurar investimentos com rendimentos
considerados mais vantajosos estão:
-preferência por aplicação que
permita sacar com facilidade (28%)
-não ter sobras para procurar outros investimentos (28%)
-costume (20%)
-medo de perder dinheiro (17%)
"É preciso que alguns paradigmas sejam abandonados, como
a crença de deixar todos os recursos apenas em aplicações com as quais o
brasileiro já está acostumado. Se a intenção é manter o dinheiro aplicado por
muito tempo, a diferença de rendimento entre a tradicional poupança e outras
modalidades pode ser relevante", disse em nota o presidente do SPC Brasil,
Roque Pellizzaro Junior.
Para
onde vai o dinheiro guardado?
A pesquisa também verificou quais os principais objetivos das
pessoas que poupam algum dinheiro com regularidade. Para a maioria (60%),
poupar significa uma proteção contra imprevistos como o desemprego ou despesas
inesperadas com saúde.
O estudo mostra que, de fato, tirar dinheiro da
poupança para cobrir despesas inesperadas é uma realidade entre muitos
brasileiros. Entre os entrevistados, 40% contam que tiveram que sacar parte do
dinheiro guardado, e uma das justificativas mais
citadas (10%) é a necessidade de cobrir despesas imprevistas.
"Deixar dinheiro guardado para o caso de
imprevistos é uma estratégia inteligente. Assim, em momentos de aperto,
evita-se recorrer a empréstimos ou algum outro tipo de crédito, que pode cobrar
juros elevados e dificultar ainda mais a situação financeira", disse em
nota o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.
Mas nem todo o dinheiro sacado da poupança é usado pelos consumidores para cobrir gastos que vieram de surpresa. Entre os entrevistados pela pesquisa, 13% dizem que tiveram que tirar dinheiro da aplicação para pagar contas do mês. Outros 10% fizeram a retirada para quitar dívidas atrasadas.
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