Acidentes com animais peçonhentos aumentam 30% no verão

13/01/2021 - 13h50

Os casos de acidentes envolvendo animais peçonhentos aumentam em média 30% no verão, com relação às demais estações. De acordo com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), nos meses quentes os animais estão mais ativos, saem de seus abrigos para troca de calor e é também nesse período que ocorre a reprodução, principalmente das serpentes.

Segundo a bióloga Taciana Seemann, do CIATox/SC, apesar deste aumento de um mês para outro, na comparação dos dados de 2019 com 2020 houve queda de 20% no número de casos: foram 5.060 ocorrências em 2019 contra 4.028 em 2020. Esta queda é atribuída à pandemia, já que houve menor número de pessoas circulando no Estado neste ano. Ainda assim, o número de casos com serpentes aumentou em 24%.

Taciana recomenda que as pessoas que sofrem ataques de animais peçonhentos devem lavar o local com água e sabão, mas também é importante que o paciente se mantenha deitado e o mais calmo possível, pois a agitação faz o sangue circular mais rapidamente. É preciso garantir que a vítima esteja hidratada e procurar serviço médico, de preferência levando uma foto do animal. De acordo com ela, a gravidade do caso depende de diferentes fatores, como as características da vítima e até a dieta do animal. “O importante é agir rápido e procurar socorro imediatamente”, afirma a bióloga.

Em Santa Catarina, os casos mais comuns são de acidentes com serpentes (jararacas e corais), aranhas (aranha marrom e aranha armadeira), além de escorpiões (amarelo e marrom). De acordo com a especialista, algumas atitudes devem ser evitadas: “Não faça torniquetes nem tente sugar o veneno, não corte ou perfure o local da ferida e não coloque folhas, pó de café ou outros contaminantes sobre a picada”, explica.

Além disso, é proibido oferecer bebidas alcoólicas ou dar qualquer medicamento sem a devida autorização médica.

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