A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina e a Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro) lançaram neste mês o Sistema Troca-Troca Emergencial relativo à distribuição de sementes de milho aos agricultores da região oeste atingidos pela estiagem. Serão beneficiários os produtores que participaram do programa Troca-Troca durante o ano, cujas lavouras estão localizadas em municípios declarados em situação de emergência ou calamidade pública.
Na avaliação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), José Zeferino Pedrozo, o programa permitirá a recuperação de parte das lavouras prejudicadas pela estiagem. “É uma contribuição importante neste momento em que os produtores já conseguem dimensionar as perdas e projetar o replantio com o retorno das chuvas no Estado. A região oeste foi a mais atingida dentro da perda total estimada em -29% para milho silagem em Santa Catarina e 19% para milho grão, conforme dados da Epagri”, ressalta o presidente.
O programa fornece
sementes sem custos para o agricultor que já esteja inscrito no projeto.
Inicialmente, são 12 mil sacas totais, que correspondem a 10 mil hectares, com
limite de até três sacas por produtor, de acordo com perdas nas localidades
confirmadas pela Epagri. Terão direito a receber as sementes os agricultores
enquadrados nos grupos de tecnologia 1 (até R$ 150 por saca), 2 (R$ 297,50 por
saca) e 3 (R$ 482,50). Cada agricultor terá direito ao mesmo tipo de semente
que retirou no programa, plantou na propriedade e que teve a colheita
prejudicada pela estiagem.
A retirada das
sacas deve ser feita até 20 de dezembro, nas cooperativas agropecuárias
credenciadas pelo programa Troca-Troca 2020 nas áreas de atuação dos municípios
atingidos pela estiagem prolongada. Ao fornecer as sementes, as
cooperativas deverão emitir nota fiscal de venda e fazer prestação de contas de
acordo com as mesmas regras do programa regular. Elas serão ressarcidas pelo
Governo do Estado, via Fecoagro.
SAFRA DE MILHO
Santa Catarina tem 330 mil
hectares de área plantada de milho comercial e deve colher neste ano 1,8 milhão
de toneladas das 2,8 previstas para a safra. Já a área plantada de milho para
silagem no Estado é de 220 mil hectares e a colheita pode alcançar até 40
toneladas por hectare com o replantio, conforme estimativa da FAESC.
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