A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta terça-feira (23), um novo
marco regulatório para avaliação e classificação toxicológica de agrotóxicos.
Entre 2011 e 2018, a Anvisa realizou quatro consultas públicas sobre o tema.
"O agronegócio é vital para o nosso país e a
agência não pode ser um entrave para este desenvolvimento", disse William
Dib, diretor-presidente da Anvisa.
Agora, o Brasil passa a adotar o padrão internacional
Sistema de Classificação Globalmente Unificado (Globally Harmozed System of
Classification and Labelling of Chemicals — GHS). Segundo a Anvisa, o método é
mais restritivo.
Antes, a classificação toxicológica era feita com base
no resultado restritivo de todos os estudos de toxidade oral, dérmica e
inalatório, incluindo irritação cutânea e ocular. Por isso, mortalidade e
potencial de irritação eram tratados de forma igual, por exemplo.
A partir de agora, com a implementação do GHS, os
resultados toxicológicos de irritação dérmica e ocular e de sensibilização
dérmica inalatória são utilizados para comunicação de perigo dos produtos e não
para classificação toxicológica.
Os rótulos terão uma comunicação mais clara com
advertência, pictogramas, frases de perigo para auxiliar o manuseio dos
agricultores. Serão seis classificações: extremamente tóxico, altamente tóxico,
moderadamente tóxico, pouco tóxico, improvável de causar dano agudo e não
classificado (por não ter toxidade).
Além disso, apesar de já ser um compromisso da agência
manifestado publicamente, o novo marco removeu a exigência de teste em animais
para a regulação dos produtos.
Padrão
internacional
O GHS proposto pela primeira vez em 1992, na ECO 92. A partir
de 2008, a comunidade europeia adotou o GHS para classificação, rotulagem e
embalagem de substâncias e produtos. Além disso, 53 países já realizaram a
implementação total e 12 países a implementação parcial.
O novo marco também permite a avaliação por analogia.
Uma autoridade poderá buscar similaridade na fórmula de um produto já liberado
pela Anvisa e, assim, avaliar se um novo agrotóxico tem a mesma avaliação
toxicológica para obter registro.
O
que é o padrão GHS?
É um método usado proposto pela
primeira vez em 1992, na ECO 92 para classificar substâncias;
Atualmente, 53 países já o adotaram totalmente, e outros 12 de
forma parcial;
Segundo a Anvisa, o método é mais restritivo do que a política
brasileira atual.
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