Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Arquivo/ Secom
Após seis meses consecutivos de recuo na atividade
industrial, Santa Catarina registrou em agosto crescimento de 1,9% em relação a
julho na série com ajuste sazonal. O desempenho do estado no mês foi o terceiro
melhor do país e acima da média nacional, que teve retração de 0,7% no período,
conforme análise do Observatório FIESC.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 5,8% em
agosto. No país, também houve queda de 0,7% nessa base de comparação.
Santa Catarina também tem destaque no acumulado do ano. De
janeiro a agosto, o estado apresentou o melhor desempenho entre as unidades
federativas, com alta de 20,5% na comparação com o mesmo período do ano
passado. O resultado foi mais que o dobro do registrado na média nacional
(9,2%).
“Santa Catarina possui um parque industrial muito
diversificado, o que contribui para esta retomada. A indústria catarinense
sempre impulsionou o desenvolvimento econômico do estado e não será diferente
no período pós-pandemia. Apostamos em um crescimento sustentado, acima da média
nacional, como é tradição do nosso setor”, afirma o presidente da FIESC, Mario
Cezar de Aguiar.
Metalurgia é destaque no período
No acumulado de janeiro a agosto, o setor de Metalurgia
continua como destaque na atividade industrial em Santa Catarina, com alta de
69,8% na comparação com o mesmo período de 2020. De acordo com Maicon Luiz
Brand, economista do Observatório FIESC, a atividade da construção é um dos
grandes indutores do desempenho do segmento.
Na sequência, destacam-se a produção de Veículos automotores
(54,8%) e de Máquinas e Equipamentos (45,4%), setores cujos produtos envolvem
maior intensidade tecnológica.
A produção de Produtos têxteis e Produtos de vestuário também
vêm tendo bom desempenho no ano. “Com a retomada plena da economia, a demanda
reprimida por parte de consumidores tende a reaquecer o mercado da moda,
sobretudo em centros urbanos, onde há maior quantidade de eventos”, afirma o
economista.
Já o setor de Produtos Alimentícios, que sofreu menores
abalos nos primeiros meses da pandemia, vem sofrendo alguns impactos com a
redução da demanda de países asiáticos, sobretudo nos derivados de soja. Os
produtos de óleo e farelo de soja tiveram queda de 55,1% no volume exportado no
acumulado de 2021, frente ao mesmo período do ano passado. Entre os fatores
internos, a redução no poder de compra em decorrência da inflação explicam a
queda na produção industrial do setor ao longo do ano.
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