
Estreia do Grêmio no Sul-Americano é contra o colombiano La Equidad, na Arena, às 19h15
Por Sergio
Wathier
JRTV/São Miguel do Oeste
O Grêmio faz hoje
sua estreia no Sul-Americano. Com sua eliminação da Libertadores, o clube muda
de rota. Mesmo que o presidente Romildo Bolzan diga que o tricolor gaúcho irá
priorizar as competições nacionais, não deve abrir mão do torneio. Até porque
quem for campeão embolsará R$ 37,8 milhões. É dinheiro pra ninguém botar
defeito numa situação normal. Em tempos de vacas magras, então nem se
fala.
Mas deixando o
expecto financeiro de lado, sempre é bom lembrar que no futebol sucesso se
constrói com vitórias. A renovação pretendida só se viabilizará com o Grêmio
levantando taças. O torcedor está bem acostumado e não irá poupar comissão
técnica e dirgentes em caso de fracasso. Uma simples derrota para o
Independiente Del Valle custou o cargo para o vitorioso e ídolo Renato. Que
Tiago Nunes, que assume em seu lugar, esteja bem consciente disso. O melhor
esquema é o que vence. Só jogar bem não satisfaz torcedor.
Por fim, acho que o Grêmio acertou ao contratar o Tiago Nunes. No Athlético-PR ele foi muito bem, mas fracassou no Corinthians. Qual deles está desembarcando em Porto Alegre? Ele assume um grupo forte e vencedor. Sua metodologia de trabalho se assemelha ao que Renato utilizava. É só fazer o convencional. Se quiser dar uma de professor Pardal, terá vida curta na Arena.
Sobre o time, posso
dizer que precisa de vários ajustes. Hoje, por exemplo, estão fora por Maicon
(suspenso), Diogo Barbosa (se recupera da Covid-19), Geromel, Kannemann e Pepê
(não relacionados). Todos titulares, que clube nenhum do Continente pode abrir
mão. Está na hora da diretoria tomar uma decisão enérgica. Maicon não aguenta
mais o tirão, Geromel tem que se definir se usa chinelinho de dedo ou entra em
campo, Kannemann joga uma e fica meia dúzia de partidas fora e Pepê está com a
cabeça em Portugal. Do jeito que está nada somam para o time.
Ponto fora da curva
Diante das fortes
críticas dos torcedores, após a inesperada derrota para o fraco Always Ready,
pela Libertadores, a diretoria do Inter se apressou em dar força para Miguel
Ángel Ramirez. Eles renovaram seu aval ao técnico. Ramirez foi contratado com
dois propósitos: Dar um novo padrão de jogo ao time e utilizar, o máximo que
puder, os garotos da base. Para a diretoria, o revés foi um acidente de
percurso. "O tropeço é visto como um ponto fora da curva", disse
o vice de futebol, João Patrício Hermann. Vamos ser sinceros: a péssima
estreia não dá para por só na conta da altitude. A equipe jogou muito abaixo do
que pode e deve. Na Libertadores, os adversários são de nível bem superior aos
times do Gauchão. Para analisar o atual estágio do futebol vermelho, temos que
partir da seguinte constatação: nos dois jogos mais difíceis - Grenal e contra
o Alwais Ready - o Inter fracassou. Ainda é cedo para um julgamento mais
preciso, mas sempre é bom ligar o sinal de alerta. Ou o Inter começa a jogar um
melhor futebol ou Ramirez afunda junto com seu revolucionário esquema de
jogo.
Time de veteranos
No noticiário
esportivo nacional de hoje, destaque para o time do Fluminense, que entra em
campo pela Libertadores para encarar o forte River Plate, às 19h, no Maracanã.
Confesso que me assustei com a quantidade de veteranos contratados pela equipe
das laranjeiras. É difícil acreditar que uma equipe com tantos
"velhos" tenha gás para segurar times mais jovens. Confiram os recém
contratados: Manoel (ex-Cruzeiro) - 31 anos; David Brás (ex-Grêmio) - 33;
Cazeres (ex-Atlético e Corinthians) - 29; Abel Hernandez (ex-Inter) - 30.
Juntam-se a esses atletas Egídio - 34 anos, Nenê - 39 anos e Fred - 37 anos,
que já estavam no plantel. Se levarmos em conta de que boa parte desses atletas
já enfrentaram sérias lesões, as perspectivas são ainda mais desanimadoras. O
FLU vinha bem aproveitando os jovens da base. A pergunta que não quer calar é
como será a convivência dos veteranos com a garotada. O Cruzeiro pagou caro ao
adotar um projeto similar.
Benfica do
Cebolinha vai mal
Assisti no feriado
jogo do Benfica pelo campeonato português, em que o time comandado por Jorge
Jesus e do ex-gremista Everton Cebolinha perdeu para o fraco Gil Vicente, em
casa, por 1 a 2. A imprensa não poupou críticas ao fraco futebol apresentado
pelo Benfica. Torcedores estão revoltados. A equipe rubra ocupa a 4ª colocação,
com 13 pontos atrás do líder Sporting. A pressão sobre o técnico é muito
grande. Em tempo: com o futebol que apresentou neste jogo, Everton seria reserva
no Grêmio. Seu rendimento caiu muito em gramados portugueses.
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