BOLA EM JOGO: Inter e Grêmio marcam passo no Brasileirão

Grêmio depende muito da criatividade de Jean Pierre

Grêmio depende muito da criatividade de Jean Pierre

23/11/2020 - 09h26

Por Sergio Wathier
JRTV/Jornal Regional

Grêmio e Inter marcaram passo na rodada do final de semana do Brasileirão. Não sei o que foi pior, a derrota colorada  que fez o Inter despencar para a 4ª colocação, ou o empate do Grêmio que faz com que o tricolor gaúcho fique marcando passo na 8ª posição. Certo mesmo é que a igualdade em São Paulo, diante do Corinthians, teve sabor de derrota para os gremistas. 

O time paulista limitou-se a se defender os mais de 100 minutos jogados. E depois que ficou com 9 jogadores, foi ataque contra defesa. Mas por incrível que pareça, a melhor chance de gol foi dos donos da casa, com Vanderlei  operando uma grande defesa num chute a queima-roupa de Fagner. 

Renato, desta vez, mexeu errado. Ao recuar Jean Pierre, tirou o poder de criação ofensivo do time. Pinares, por mais que tenha se movimentado e mostrado qualidades, não conseguiu ser o meia de criação que o Grêmio precisava. Falta-lhe entrosamento. A retirada do Darlan, tornou o meio de campo lento e previsível. Pepê fez a pior apresentação com a camisa tricolor e Diego Souza continua sendo um peso morto no comando do ataque. Colocar Churin nos minutos finais nem sempre vai dar certo. Tomara que Renato tenha aprendido de vez que como professor Pardal ele é um desastre.

Já o Inter mais uma vez decepcionou seu torcedor. Jogava bem no primeiro tempo, abriu 1 a 0 e tivesse mantido o ritmo liquidaria a fatura sem maiores problemas. Mas recuou. Optou pelo contra-ataque. É o tal do esquema "chama derrota". O Flu, que não é bobo nem nada, avançou suas linhas, passou a gostar do jogo e, sem maior esforço, virou o placar, arrancando uma ótima vitória que o faz subir para o 5° lugar.

Na verdade, o Abel Braga não está conseguindo fazer o Inter jogar. Primeiro foi Coudet. Agora é o experiente treinador brasileiro que não está conseguindo dar uma forma de jogar à equipe colorada. Com Dourado na frente da zaga, Maurício e o menino Caio formando o ataque com Thiago Galhardo, o Inter entrou em campo mais uma vez modificado. Os torcedores vermelhos devem ter saudade do tempo em que sabiam o time titular do goleiro ao ponta esquerda, como se dizia antigamente.

Agora Inter e Grêmio viram a chave para seus compromissos na Libertadores. O Inter, na quarta, às 21h30, no Beira Rio, e o Grêmio, na quinta, às 21h30, no Defensores Del Chaco, fazem os jogos de ida das oitavas de final respectivamente contra Boca Juniors e Guaraní-PAR. É inegável que a parada mais difícil pertence ao Inter. Enfrentar o Boca, em qualquer circunstância, sempre foi dureza. Ainda mais num clima de desconfiança como o que vive o time vermelho. Acho que o Inter terá que jogar o que não jogou até aqui para superar a equipe argentina. 

Já o Grêmio, se jogar o que sabe e pode, passa fácil pelo representante paraguaio. Mas lembro que o peixe é pescado e o futebol é jogado. É dentro das quatro linhas que as coisas se decidem.  

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