Grêmio depende muito da criatividade de Jean Pierre
Por Sergio Wathier
JRTV/Jornal Regional
O time paulista limitou-se a se defender os mais de 100
minutos jogados. E depois que ficou com 9 jogadores, foi ataque contra defesa.
Mas por incrível que pareça, a melhor chance de gol foi dos donos da casa, com
Vanderlei operando uma grande defesa num chute a queima-roupa de
Fagner.
Renato, desta vez, mexeu errado. Ao recuar Jean Pierre, tirou
o poder de criação ofensivo do time. Pinares, por mais que tenha se movimentado
e mostrado qualidades, não conseguiu ser o meia de criação que o Grêmio
precisava. Falta-lhe entrosamento. A retirada do Darlan, tornou o meio de campo
lento e previsível. Pepê fez a pior apresentação com a camisa tricolor e Diego
Souza continua sendo um peso morto no comando do ataque. Colocar Churin nos
minutos finais nem sempre vai dar certo. Tomara que Renato tenha aprendido de
vez que como professor Pardal ele é um desastre.
Já o Inter mais uma vez decepcionou seu torcedor. Jogava bem
no primeiro tempo, abriu 1 a 0 e tivesse mantido o ritmo liquidaria a fatura
sem maiores problemas. Mas recuou. Optou pelo contra-ataque. É o tal do esquema
"chama derrota". O Flu, que não é bobo nem nada, avançou suas linhas,
passou a gostar do jogo e, sem maior esforço, virou o placar, arrancando uma
ótima vitória que o faz subir para o 5° lugar.
Na verdade, o Abel Braga não está conseguindo fazer o Inter
jogar. Primeiro foi Coudet. Agora é o experiente treinador brasileiro que não
está conseguindo dar uma forma de jogar à equipe colorada. Com Dourado na
frente da zaga, Maurício e o menino Caio formando o ataque com Thiago Galhardo,
o Inter entrou em campo mais uma vez modificado. Os torcedores vermelhos devem
ter saudade do tempo em que sabiam o time titular do goleiro ao ponta esquerda,
como se dizia antigamente.
Agora Inter e Grêmio viram a chave para seus compromissos na
Libertadores. O Inter, na quarta, às 21h30, no Beira Rio, e o Grêmio, na
quinta, às 21h30, no Defensores Del Chaco, fazem os jogos de ida das oitavas de
final respectivamente contra Boca Juniors e Guaraní-PAR. É inegável que a
parada mais difícil pertence ao Inter. Enfrentar o Boca, em qualquer
circunstância, sempre foi dureza. Ainda mais num clima de desconfiança como o
que vive o time vermelho. Acho que o Inter terá que jogar o que não jogou até
aqui para superar a equipe argentina.
Já o Grêmio, se jogar o que sabe e pode, passa fácil pelo
representante paraguaio. Mas lembro que o peixe é pescado e o futebol é jogado.
É dentro das quatro linhas que as coisas se decidem.
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