O presidente Jair
Bolsonaro respondeu, nesta segunda-feira (11), a um apoiador que o questionou
sobre a "demora do ministro da Saúde, Nelson Teich, em endossar o uso da
hidrocloroquina" no tratamento da covid-19. O medicamento ainda não tem
eficácia comprovada contra a doença.
"Não é verdade
essa informação (sobre demora), porque está no protocolo. Tem Estado que não
está aceitando. Está dificultando, outros não". O presidente destacou
ainda que o medicamento pode ser encontrada em farmácia do DF. "Tem
a cloroquina aqui nas farmácias em
Brasília, aqui tem. Em alguns Estados não tem. Vamos tentar
correr atrás o por que não tem", disse.
Bolsonaro também
voltou a minimizar os gastos com o cartão corporativo. Em conversa com
apoiadores, o presidente disse que financiou parte da operação de repatriação
de brasileiros residentes em Wuhan, na China.
Questionado por uma
apoiadora se a China escondeu dados sobre o novo coronavírus, o presidente
evitou comentar sobre o assunto e citou os gastos do cartão presidencial.
"O que eu
posso falar da China é que ontem a imprensa como sempre, dá licença aí, a
imprensa como sempre criticando o cartão corporativo", comentou. Bolsonaro
criticou a imprensa por noticiar os gastos feitos de janeiro a abril deste ano.
Como o jornal O
Estado de S. Paulo revelou, os gastos do cartão corporativo
dobraram nos quatro primeiros meses de 2020, na comparação com a
média dos últimos cinco anos. A fatura no período foi de R$ 3,76 milhões. O
valor gasto é lançado todo mês no Portal da Transparência do governo, mas não é
detalhado, o que impede saber o peso que a operação para resgate dos
brasileiros na China teve na fatura total.
Aos apoiadores,
Bolsonaro falou sobre gastos na operação de repatriação, sem explicações mais
detalhadas sobre o assunto. "Até parece que eu estou tomando, tô usando o
cartão para fazer festa", comentou.
Na saída da
residência oficial, Bolsonaro apareceu usando máscara de proteção. Pela manhã,
ao sair do Alvorada, o presidente não costuma usar máscara. Nesta segunda,
contudo, o governo do Distrito Federal inicia a fiscalização do uso de máscaras
em espaços públicos.
O decreto que
estabelece a obrigatoriedade do uso vale desde o dia 30 de abril, mas ainda não
havia penalização para quem não cumprisse a determinação. Pela norma, os
brasilienses devem usar a proteção também em vias, paradas e veículos de
transporte público coletivo, além de estabelecimentos comerciais, industriais e
de serviços. A multa para quem não cumprir a definição pode chegar a R$ 2 mil.
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