Brasil deve buscar spray contra Covid-19 em Israel no fim de semana

24/02/2021 - 13h48

O presidente Jair Bolsonaro anunciou na terça-feira (23) que comitiva que irá buscar um spray contra a Covid-19 em Israel viajará para aquele país no próximo fim de semana.

“Nós devemos ter uma comitiva indo para Israel no sábado ou domingo. A gente vai aqui trazer o spray. Lá deu certo com 30 pessoas em estado grave. E nós vamos aplicar a terceira fase aqui no Brasil, desde que a Anvisa autorize. Deve autorizar. Afinal de contas, é utilizado até em quem está intubado. Pode ser que dê certo. Deu certo com 30 pessoas, com todas as 30”, disse o presidente detalhar quem integrará a comitiva.

O produto é uma espécie de filme flexível temporário que se forma sobre a mucosa do nariz, garganta e cavidade oral. Componentes antivirais na matriz bioadesiva destinam-se a prender a doença e bloqueá-la.

Assim que o produto for importado, o governo federal deve pedir o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para usar o spray na população brasileira.

Atualmente, a agência reguladora deu aval a três vacinas para que possam ser utilizadas no Brasil. Duas delas em caráter emergencial – Oxford/AstraZeca e CoronaVac, e uma com registro definitivo (Pfizer).

Como funciona

O medicamento é inalado uma vez ao dia durante alguns minutos, por cinco dias, sendo direcionado diretamente aos pulmões. A medicação, desenvolvida pelo Centro Médico Ichilov de Israel, originalmente foi apresentada para combater o câncer de ovário.

O governo de Israel anunciou que o medicamento pode ajudar na recuperação de pacientes com o novo coronavírus hospitalizados. Na primeira fase de testes, a substância EXO-CD24 foi administrada a 30 pacientes cujas condições eram moderadas ou piores, e todos os 30 se recuperaram — 29 deles em três a cinco dias.

“O medicamento EXO-CD24 é administrado localmente, funciona amplamente e sem efeitos colaterais, uma vez que é inalado uma vez por dia durante alguns minutos, durante cinco dias sendo, ao contrário de outras fórmulas, direcionado diretamente para os pulmões”, analisou o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), órgão do governo brasileiro, citando reportagem do jornal The Times of Israel.

O estudo conduzido em Israel foi preliminar e não comparou a droga a um placebo. Também não esclareceu a idade dos envolvidos no experimento. Por isso, ainda são necessários mais testes para comprovar a eficácia da droga contra o novo coronavírus.

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  • Jornal Regional



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