Brinquedo trava no ar e deixa pessoas de cabeça para baixo a 18 metros de altura em parque de diversões

26/01/2021 - 15h42

Várias pessoas ficaram de cabeça para baixo após uma falha em um brinquedo de um parque de diversões instalado em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na noite desta segunda-feira (25). Um funcionário do parque foi visto por testemunhas empurrando o brinquedo para que ele voltasse a funcionar enquanto várias pessoas gritavam por socorro. A empresa responsável pela atração afirmou que uma oscilação de energia causou o incidente.

Chamado Kamikaze, ele faz giros de até 360 graus, sem longas paradas durante o percurso. Na noite desta segunda-feira, pessoas que estavam do lado de fora da atração notaram que havia algo de errado. O equipamento parou no ar, deixando todas as pessoas de cabeça para baixo por quase dez minutos.

Uma das testemunhas do incidente relatou que estava próxima à atração e acompanhou a falha e o desespero das pessoas que estavam presas nas duas cabines do Kamikaze. "Ele deu as voltas que dá e ficou parado lá em cima. Eu já tinha acompanhado o brinquedo outras vezes e sabia que ele não deveria ter ficado parado", contou.

Após cerca de um minuto, outras pessoas ao redor começaram a perceber que havia algo errado. "Esperamos, mas ninguém do parque veio. Ninguém fez nada. Então, meu namorado correu para chamar os bombeiros", disse.

Segundo a testemunha, as pessoas que estavam no brinquedo começaram a se desesperar e a gritar por socorro. Então, o funcionário que atuava como monitor passou a empurrar a parte do brinquedo que estava embaixo para tentar fazê-lo descer manualmente.

Uma das testemunhas tirou fotos da situação, com o registro do horário. Por estas imagens é possível verificar que os usuários ficaram quase dez minutos entre o momento em que o Kamikaze parou no ar e quando as pessoas conseguiram sair do brinquedo.

"Foi uma das cenas mais terríveis da minha vida porque eu fiquei ouvindo os pais, embaixo, gritando para as meninas dentro do brinquedo ficarem mais calmas, segurarem forte e levantarem a cabeça. Lá em cima, elas gritavam por socorro".

No entanto, o brinquedo voltou a funcionar sozinho. Os bombeiros ajudaram a retirar os usuários do brinquedo. A testemunha conta que, dentro de uma das cabines, estavam muitas crianças. Elas aparentavam ter 13 anos. Ainda de acordo com a testemunha, uma mulher passou muito mal e precisou ser atendida pelos bombeiros.

De acordo com informações da empresa, o brinquedo tem 18,37 metros de altura e comporta até 16 pessoas em cada cabine.

No início do mês, no mesmo parque, outro brinquedo despencou e deixou uma jovem de 19 anos ferida. O acidente aconteceu no brinquedo chamado Kraken, que tem o formato de polvo e faz movimentos giratórios, alternando a altura. E, foi um desses "tentáculos" que despencou, com uma usuária dentro.

Oscilação de energia

Em nota, o Yupie! Park, responsável pela atração, informou "que é característica do brinquedo parar em cima para inverter o giro e, nesse momento, houve uma oscilação de energia que fez com que o brinquedo ficasse parado por alguns segundos a mais que o habitual".

A empresa disse que, com a chegada da equipe de manutenção, foi realizado imediatamente o procedimento padrão previsto para essas situações, e todos os visitantes foram desembarcados em segurança, sem nenhuma intercorrência. O Yupie! Park também afirma que o brinquedo está funcionando normalmente.

A empresa ainda disse que ratifica a preocupação e o zelo com a segurança e informou que conta com profissionais especializados e treinados, e que todas as atrações seguem as normas da ABNT.

Em nota, a Prefeitura de Praia Grande informou que não há registro ou qualquer informação sobre "suposta ocorrência de falha técnica" em qualquer brinquedo no parque de diversões localizado no bairro Aviação, na segunda-feira (25). Também não foi registrado qualquer atendimento à vítimas no sistema de saúde da cidade relacionadas à esta "suposta ocorrência".

Uma equipe foi ao local nesta terça-feira (26) e constatou que todos os equipamentos estão funcionando, com manutenção dentro do estabelecido pela legislação e toda documentação exigida está em dia.

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  • Jornal Regional



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