Câncer de pele: o que você precisa saber sobre o principal tipo de câncer

Gerente de enfermagem no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, Márcia Dreher

Gerente de enfermagem no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, Márcia Dreher

04/03/2020 - 15h59

De agosto de 2018 a novembro de 2019, foram atendidos 579 casos de câncer de pele no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso de São Miguel do Oeste – Instituto Santé gerando procedimentos cirúrgicos e internações. Desse total, 456 casos foram diagnosticados como neoplasias não-melanomas e outros 123 como melanomas. A maioria dos pacientes é do sexo feminino e São Miguel do Oeste lidera o ranking da região, seguido de Maravilha, Iraceminha e Mondaí. 

Com essa breve apresentação de dados, vamos agora explicar sobre os tipos de câncer de pele: os não-melanomas e os melanomas. 

Os não-melanomas representam 94% do total dos casos de câncer de pele. Este tipo de neoplasia está ligada à exposição crônica ao sol, em pessoas com mais de 50 anos e de pele e olhos claros. Quando tratados precocemente e dependendo de seu tipo histológico (característica própria do tumor que é definida após a biópsia), podem chegar a altos índices de cura, mas também têm grandes chances de deixar mutilações bastante expressivas se não forem tratados adequadamente.

O que é melanoma?

O melanoma é menos frequente, de pior prognóstico e mais alto índice de mortalidade. Surge como uma pinta escura ou sobre uma pinta ou sinal pré-existente que pode crescer, mudar de cor ou apresentar sangramento. Acometem pessoas de pele clara, que têm muitos sinais e história de familiares próximo acometidos por melanoma. 

Ocorre quando as células produtoras dos pigmentos que dão cor à pele tornam-se cancerígenas. Os sintomas podem incluir um novo nódulo anormal ou uma mudança em uma pinta existente. Os melanomas podem ocorrer em qualquer parte do corpo. O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia, medicamentos ou, em alguns casos, quimioterapia. Consulte um médico para receber orientação.

Possíveis sinais e sintomas

Muitas vezes, o primeiro sinal de melanoma é uma mudança no tamanho, forma ou cor de uma mancha já existente. A regra ABCDE pode ser usada para lembrar o que deve ser procurado:

- Assimetria. A forma de metade da mancha não coincide com a outra metade.

- Borda. As bordas são irregulares, entalhadas ou dentadas.

- Cor. É muitas vezes desigual. Tons de preto, marrom e canela podem estar presentes. Áreas brancas, cinza, vermelha ou azul também podem ser vistas.

- Diâmetro. O diâmetro maior que 6 mm.

- Evolução. A pinta vem mudando de tamanho, forma, cor ou aparência.

Outros sinais de alerta são:

- Uma ferida que não cicatriza.

- Expansão do pigmento de uma mancha na pele.

- Vermelhidão ou inchaço.

- Coceira, sensibilidade ou dor.

- Mudança na superfície da pinta.

Alguns melanomas não se enquadram nas regras acima descritas, por isso é importante informar ao médico quaisquer alterações em lesões de pele ou novas lesões de aparência diferente do restante das pintas existentes.

Como Prevenir o Câncer de Pele Melanoma

Nem todos os melanomas podem ser evitados, mas algumas ações podem reduzir o risco de ter um melanoma:

- Limitar a exposição à radiação ultravioleta;

- Proteja-se do sol quando estiver ao ar livre;

- Evite a exposição prolongada diretamente sob a luz solar, especialmente entre às 10 h e 16 h, quando a luz UV é mais intensa;

- Usar roupas adequadas. As roupas fornecem diferentes níveis de proteção à radiação ultravioleta; 

Fonte: American Câncer 2018

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  • Jornal Regional
  • FONTE
  • Márcia Dreher – gerente de enfermagem no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso – Coren-SC 200395 | Diretora técnica – médica Katia Bugs - CRM 10375



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