"Cadê a responsabilidade da creche", questiona o pai Marcelo Martini
“Não tem como um
pai não se revoltar com isso. Uma criança de 4 anos sai da creche anda duas
quadras, atravessa ruas no centro sozinha e só não aconteceu nada pior porque
um casal encontrou ela em frente o banco Sicoob e ligou pra polícia”. Essas
colocações, em tom de desabafo, foram feitas num “post” no Escambo São Miguel
por Marcelo Martini, pai da menina que saiu da creche Ciranda da Alegria, que se
localiza nas proximidades do Colégio São Miguel, sem que ninguém percebesse.
“Cadê a
responsabilidade da creche”, questiona. Conforme relatou, quando foi ver o que
tinha acontecido com a filha, “assim que chego no portão vejo a polícia. Fiquei
em choque”, confessou. Martini disse que somente se acalmou quando sua filha o
viu e o abraçou. “Eles (prefeitura) só pediram desculpas, como se nada de mais
grave tivesse acontecido”, reclamou.
Para o revoltado
pai, “Isso é uma vergonha”. E acrescentou: Você deixa seu filho na creche
e infelizmente fica o dia todo se perguntando será que vai estar bem quando eu
for busca”. De acordo com Martini, “algumas creches de São Miguel do Oeste
estão muito despreparadas”. A diretora foi exonerada e a prefeitura abriu procedimento
administrativo para apurar responsabilidades.
REPERCUSSÃO
NEGATIVA
O que ocorreu na
creche Ciranda da Alegria repercutiu muito em toda a cidade de São Miguel do
Oeste. Outros pais, através das redes sociais, evidenciavam toda sua
preocupação com o que vem acontecendo nas creches do município. No dia 10 de
fevereiro, portanto 15 dias atrás, já havia sido registrado um episódio
lamentável. Um bebê de sete meses foi trocado por outro. O erro só foi
descoberto tempo depois.
NOTA DE REPÚDIO
Durante a tarde
desta quarta-feira (26), um grupo de 28 pessoas, entre pais, mães, professores,
diretores de outras creches, familiares e amigos da diretora exonerada,
emitiram uma nota de repúdio contra a decisão do prefeito. “Outros fatos, tão
ou mais graves, ocorreram em outras creches sem que providências tão drásticas
fossem tomadas”, reclamaram. “O fato que aconteceu é grave e deve ser analisado
e investigado pelos órgãos competentes”, diz outro trecho da nota de repúdio.
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