Com a sobrecarga do sistema de saúde e a ocupação total dos
leitos de UTI, devido a pandemia da Covid-19, o município de Chapecó foi
obrigado a montar estruturas alternativas, mas que mesmo assim, não são
suficientes para atender a crescente quantidade de casos.
Entre os dias 15 de fevereiro e 02 de março, em Chapecó, 16
pessoas faleceram quando aguardavam transferência para um leito de Unidade de
Tratamento Intensivo (UTI).
Conforme a prefeitura, pacientes que morreram receberam
tratamento adequado, como se fosse um leito de UTI, mas “o ideal seria um leito
hospitalar”.
Dentre as vítimas, 14 pessoas morreram nas Unidades de Pronto
Atendimento (UPAs), uma no Pronto Atendimento da Efapi e uma no Hospital de
Campanha do Centro de Eventos.
O óbito registrado no Centro de Eventos ocorreu em menos de
uma semana da abertura de leitos no local.
Conforme informado pela assessoria da prefeitura de Chapecó,
os pacientes receberam tratamento adequado, com atendimento especializado,
manobras de reanimação e todo suporte como se fosse um leito de UTI.
No entanto, como faltam vagas em Chapecó e em todo o Oeste de
Santa Catarina, as vítimas não conseguiram vagas na UTI.
No levantamento não foram contabilizadas as vítimas que
faleceram em residências, isso em função de que, de acordo com a assessoria da
prefeitura, os óbitos ocorreram pelo agravamento de outras comorbidades.
Confira o esclarecimento da prefeitura de
Chapecó
ESCLARECIMENTO
A Administração Municipal de Chapecó informa
que os pacientes que faleceram nas suas unidades de Saúde receberam tratamento
adequado, com atendimento especializado e as manobras de reanimação e todo
suporte como se fosse um leito de UTI, embora o ideal seria um leito
hospitalar.
No entanto, os hospitais da Região Oeste
estão lotados e praticamente não há vagas nem em outras regiões, para
transferência.
Além disso, não necessariamente os óbitos
foram por falta de UTI hospitalar, pois os óbitos poderiam ocorrer mesmo dentro
do hospital, como tem ocorrido.
A Administração tem trabalhando intensamente
para ampliar o atendimento e dar o suporte aos pacientes, ampliando equipes,
profissionais e leitos.
Mesmo com a ampliação dos leitos de UTI no
Hospital Regional do Oeste, de 35 em janeiro para 82 nesta semana, o município
teve que internar mais de 40 pacientes na UPA e também em leitos de enfermaria
nos ambulatórios. Recentemente abriu mais 35 leitos de enfermaria no Centro de
Eventos.
E estão previstos mais leitos. Além disso
adotou medidas de fechamento do comércio, testagem e orientação da população,
para tentar diminuir o contágio.
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