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Quem gosta de fenômenos astronômicos tem um bom motivo para grudar os olhos no céu ao longo da noite de terça-feira (13) e madrugada de quarta-feira (14), quando ocorre o pico da chuva de meteoros Geminídeas, uma das mais aguardadas do ano.
A expectativa é alta porque é prevista uma queda de cerca de 120 meteoros por hora, embora a lua entre as fases cheia e minguante possa atrapalhar sua visibilidade. Tem esse nome, Geminídeas, porque seu radiante, ou seja, o ponto no céu de onde parecem surgir os meteoros, fica na altura da Constelação de Gêmeos.
Quando a Terra faz
sua passagem por essas faixas de fragmentos deixadas tanto pelos cometas quanto
pelos asteroides, as partículas entram na atmosfera do nosso planeta e queimam,
causando as chuvas de meteoros que ano após ano atraem centenas de
observadores, e são popularmente chamadas de estrelas cadentes.
— Cometas e asteroides orbitam periodicamente ao redor do Sol, assim como a Terra. Por isso as chuvas de meteoros têm datas — explica o astrônomo Guilherme Marranghello, professor de Física da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e diretor do planetário da universidade.
Embora as chuvas de meteoros como a Geminídeas sejam visíveis a olho nu, é possível que o brilho da lua cheia afete sua visibilidade, alerta a astrônoma Virgínia Alves, professora do Instituto de Física e Matemática da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e responsável pelo Laboratório de Astronomia da instituição.
— Vale a pena
assistir, mas não crie expectativas de que verá os 120 meteoros por hora. Só os
maiores meteoros serão vistos, ou mesmos os bólidos. Ainda assim, vale a pena
mesmo com as condições desfavoráveis — diz.
Segundo o professor
Marranghello, basta olhar para o céu na direção da Constelação de Gêmeos, que
fica logo abaixo das Três Marias. É nessa área que boa parte dos meteoros da
Geminídeas deve aparecer, mas é possível que venham de outros lados também.
Quem tem
dificuldade em encontrar constelações pode se apoiar na tecnologia. De acordo
com a professora Virgínia, o aplicativo Stellarium é bastante útil — basta
instalar no celular e direcionar o aparelho para o céu que o sistema mostra o
que está naquela direção.
— Nas nossas
observações, as pessoas levam cadeirinhas de praia e ficamos olhando para a
Constelação de Gêmeos. Então contamos as estrelas cadentes por 15 minutos.
Basta multiplicar esse número por quatro que teremos o número médio de meteoros
vistos por hora — ensina a astrônoma.
Que a atividade seja frutífera, porque o próximo evento astronômico previsto para dezembro, a chuva de meteoros Ursídeas, cujo pico deve ocorrer entre os dias 21 e 22, não estará visível para quem mora abaixo da Linha do Equador.
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