Ciro Gomes recebe segunda dose da vacina contra a Covid em Fortaleza, em maio. — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
A Polícia Federal
cumpriu mandado de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (15) contra
Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e pré-candidato à Presidência em uma
investigação sobre supostas irregularidades nas obras de ampliação da Arena
Castelão, principal estádio do Ceará, para a Copa do Mundo de 2014.
O irmão de Ciro, Cid Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e atual senador, também foi alvo da operação. Segundo a PF, as fraudes ocorreram entre 2010 e 2013, anos em que o Ceará era governado por Cid. A reportagem procurou Cid Gomes por meio da assessoria, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
A Justiça quebrou os sigilos bancário e fiscal de Ciro e Cid entre 2009 a 2014. O sigilo telefônico dos dois também foi quebrado.
Apuração da Polícia Federal
A polícia afirma
que há indícios de pagamentos de R$ 11 milhões em propinas diretamente em
dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais
fraudulentas por empresas fantasmas.
As supostas propinas, segundo a PF, teriam sido pagas para que a Galvão Engenharia vencesse a licitação das obras da Arena Castelão e também, durante a execução do contrato, para que pudesse receber os valores devidos pelo governo do Ceará.
A decisão judicial diz que, segundo a PF, houve pagamentos sistemáticos de propinas, muitas vezes disfarçadas de doações eleitorais para os Ciro, Cid e Lúcio Ferreira Gomes para viabilizar os pagamentos à Galvão. Ainda segundo a PF, os advogados Fernando Antônio Oliveira e José Leite Jucá, que ocuparam o cargo procurador-geral do Estado e de presidente da comissão de licitações na época, receberam propina para garantir a vitória da Galvão na disputa.
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