Em entrevista ao
jornal britânico The Telegraph, o COI confirmou que atletas estão
proibidos de se manifestarem nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
A entidade entendeu a necessidade de ratificar a regra após diversos manifestos
recentes de esportistas, em especial antirracistas, devido ao assassinato
brutal de George Floyd.
O Comitê Olímpico
Internacional vai seguir a regra 50 da Carta Olímpica. Esta diz que “não será
permitida nenhuma demonstração ou propaganda política, religiosa ou racional
nas venues olímpicas, instalações e outras áreas”, mediante a punições não
especificadas.
O gesto de se
ajoelhar, protesto que ficou conhecido após a morte de Floyd, está proibido.
Levantar aos braços com o punho cerrado, também está descartado pela entidade.
Segundo a
publicação, o COI não iria repensar algo definido em função de “casos
hipotéticos 13 meses antes das Olimpíadas”.
Alguns protestos
nos Jogos Olímpicos estão marcados na história do esporte. Em 1968, na Cidade
do México, os velocistas Tommie Smith e John Carlos abaixaram suas cabeças e
levantaram os braços com punhos cerrados, se mostrando contra a desigualdade
racial no pódio. Na edição dos Jogos, em 2016 no Rio de Janeiro, o maratonista
etíope Feyisas Lilesa levantou os braços e cruzou os pulsos na linha de
chegada. Sua manifestação era à favor de sua tribo Oromo, que sofre repressão
do governo local.
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