Com o gol de pênalti, Denilson transformou-se no carrasco do tricolor
Por Sergio
Wathier
JRTV/Jornal Regional
Contra o Palmeiras foi uma vitória com autoridade. No Morumbí aplicou humilhantes 5 a 1 no São Paulo, de tal forma que o tricolor paulista perdeu o rumo e até hoje não se encontrou. E ontem (24), numa reação histórica, ganhou de virada do Gremio na base da garra e perseverança. E aí reside o mérito colorado. Para a nação vermelha não importa se o pênalti que culminou no gol da vitória foi polêmico. Os torcedores estão festejando o fim de um jejum que já durava 2 anos e 4 meses, ou 11 clássicos sem vitória, e a ampliação da vantagem para o segundo colocado, que agora passa a ser de 4 pontos.
Creio que se o Inter ganhar 4 dos 6 jogos que faltam, será o campeão brasileiro, título que não ganha há 42 anos. As partidas que faltam: Bragantino (C), Athlético-PR (F), Sport (C), Vasco (F), Flamengo (F) e Corinthians (C). Vencendo os próximos 4 jogos, acho que entrará em campo contra Flamengo e Corinthians com a fatura já liquidada. Parabéns colorados!
Depois do jogo, o técnico Renato e o presidente Romildo Bolzan despejaram reclamações contra a arbitragem e a CBF. Ameaçam abrir mão do restante do campeonato para prejudicar o arquirrival colorado. Sobre os erros graves de arbitragem, concordo com os dois em gênero, número e grau. As imagens mostram um lance de pênalti não marcado a favor do Grêmio e a incoerência do árbitro do Grenal em não consultar o VAR para rever o lance que originou o pênalti e, consequentemente, a vitória do Inter. Os ex-árbitros Carlos Eugênio Simon e Sandro de Meira Ricci, comentaristas de arbitragem da Globo e Fox Sport, afirmaram que eles não marcariam a penalidade máxima. Até aí tudo bem.
Só que eu discordo completamente com as declarações de o tricolor gaúcho iria abrir mão do campeonato. Ora, o Grêmio já abriu mão do Brasileirão há muito tempo. Quando não conseguiu ganhar nenhum dos dois jogos contra o Fortaleza. O time tricolor abriu mão do certame nacional que não ganha há 24 anos, desde o momento em que com um time de reservas empatou uma partida e perdeu outra para o Sport. O Grêmio abriu mão do campeonato nacional quando botou um time misto para enfrentar o Goiás, deixando dois pontos importantes pelo caminho. Enfim, os exemplos se multiplicam das decisões equivocodas do Renato avalizadas pela diretoria. Berrar agora, depois que a vaca foi pro brejo, é chororô de perdedor.
Pior do que perder o Grenal, que sempre é dolorido, é concluir que a lição do Grenal não foi assimilada. Ao contrário do que deveria ser, o discurso no vestiário gremista é de desmobilização. E essa estratégia pode ser fatal às pretensões do Grêmio ser campeão da Copa do Brasil. Numa situação normal, o tricolor gaúcho vai ter que fazer duas partidas à beira da perfeição se quiser dar a volta olímpica. Mas do jeito que o técnico e o presidente estão conduzindo as coisas, é forte a tendência do Grêmio colocar em campo, novamente, uma equipe sem ritmo de jogo e focada no discurso vazio de seu treinador.
A forte impressão que fica é que o ciclo Renato no Grêmio está perto do fim. Creio que hoje ele estaria mais próximo do Flamengo do que de uma renovação com o tricolor gaúcho. O panorama pode mudar (digo pode mudar) se o Grêmio sair com dignidade do Brasileiro e conquistar a Copa do Brasil. Só jogar por vaga à Libertadores é muito pouco para um gigante do futebol brasileiro.
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