A vacina para combater a Covid-19 que possui os testes mais avançados no mundo, segundo o Ministério da Saúde, é a Oxford-Astrazeneca, que também é a que está em processo de análise mais avançado no Brasil. E agora, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a ampliação dos estudos dessa vacina.
Desta forma, o número de voluntários vai dobrar, passando de cinco para dez mil participantes no Brasil. Além disso, foi autorizada a ampliação da faixa etária dos participantes, com a inclusão de maiores de 69 anos. A Anvisa também autorizou o aumento no número de estados onde os testes serão realizados e já estão liberados para entrar no processo de testes, o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul. Antes apenas São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia apresentavam condições técnicas para realizar os testes.
Os teste para a vacina contra a Covid-19 no Brasil está na fase 3, o que significa que a mesma é administrada a uma grande quantidade de indivíduos, normalmente milhares de pessoas, para que seja demonstrada a sua eficácia e segurança, ou seja, que a vacina é capaz de proteger os indivíduos com o mínimo possível de reações adversas. O gerente geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, explica a importância de ampliar o número de pessoas e estados durante essa fase de testes.
“Quando você aumenta o número de voluntários, você tem uma maior adesão do país à pesquisa. Isso pode influenciar na celeridade dos resultados, pois quanto mais participantes, mais rápido você consegue ter um número suficiente para ter um resultado considerado válido. Em relação à faixa etária é importante. Ter voluntário maior de 69 anos vai possibilitar a inclusão em uma eventual bula dessa vacina como uma população que pode se beneficiar dela”, explicou Mendes.
Se for considerado o desenvolvimento de vacinas ao longo da história da humanidade, podemos avaliar que a testagem e produção para uma vacina contra a Covid-19 está sendo realizada de forma muito acelerada, tanto pela tecnologia disponível hoje, quanto ela necessidade em vista da pandemia causada pela doença. Desta forma, o médico infectologista Hermeson Luz, acredita que se todo o processo de avaliação dessa nova vacina se mantiver no ritmo atual, é possível termos tudo pronto em janeiro de 2021.
“Esse levantamento da última fase da vacina é de suma importância para termos certeza da segurança. Há pouco tempo tivemos alguns efeitos colaterais que foram relatados e levantados, mas agora a vacina voltou aos testes. Eu acredito que em janeiro possamos ter acesso à essa vacina, mas, óbvio, sempre com os olhos abertos para tentar reconhecer qualquer necessidade de intervenção ou não”, destacou o médico infectologista.
A solicitação para ampliar os testes no Brasil foi do laboratório Astrazeneca, responsável pelo desenvolvimento da vacina, juntamente com a Universidade de Oxford. Importante destacar que ela tem origem no Reino Unido, mas com o acordo feito com o Brasil, será realizada a transferência de tecnologia para o laboratório nacional de Biomanguinhos, ou seja, uma vez que a vacina seja registrada, ela vai poder ser produzida no Brasil.
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