A Secretaria de Estado da Educação (SED) inicia a última
semana letiva de 2020 da rede estadual com foco nos conselhos de classe, com a
avaliação do desempenho dos alunos ao longo do ano e programação das ações para
2021. A expectativa é que os professores façam o planejamento pedagógico a
partir de 3 de fevereiro e os alunos comecem o ano letivo em 18 de fevereiro.
O planejamento da rede estadual é iniciar o ano letivo de
2021 com aulas presenciais e alternância dos grupos que frequentam a escola
para contemplar todos os estudantes da rede estadual e manter o distanciamento
social, evitando o contágio de Covid-19. Dessa forma, a organização das
atividades escolares será dividida em dois momentos: o “Tempo Escola” e o
“Tempo Casa”.
O “Tempo Escola” consiste no atendimento presencial na
unidade escolar, com turmas subdivididas em grupos. Já as atividades
pedagógicas que compõem o “Tempo Casa” podem ser realizadas com ou sem a
mediação por tecnologias digitais, com orientação para que as escolas criem
dinâmicas para que estudantes sem acesso possam, sempre que possível,
integrar-se às atividades em espaços disponibilizados na escola.
Estudantes e professores do grupo de risco
seguem em atividades remotas
As atividades não presenciais também serão mantidas em 2021
para os cerca de 28 mil alunos da rede estadual que, comprovadamente, fazem
parte de grupo de risco para Covid-19, assim como os professores. A modalidade
também será ofertada nos casos em que os pais optarem em manter os filhos em atividades
remotas, conforme a lei sancionada na última semana pelo governador Carlos
Moisés.
Pensando neste momento em que os estudantes não estarão na
escola, a SED trabalha para contratar serviços de operadoras de internet móvel
para que alunos e professores possam acessar aplicativos e ferramentas
educacionais on-line, como o Google Classroom, de forma gratuita pelo celular.
Também há estudos para aquisição de equipamentos para a transmissão simultânea
das aulas aos estudantes que estiverem em “Tempo Casa”.
"Em 2021, faremos uma continuidade do processo de
aprendizagem iniciado neste ano, primando pela segurança de todos os envolvidos
e também pela qualidade do ensino, que são os dois pilares que norteiam nosso
trabalho. O convívio na escola é necessário, mas deve ser feito com total
segurança”, reforça o secretário de Estado da Educação, Natalino Uggioni.
Continuidade do ano letivo de 2020
Com foco na permanência dos estudantes, o planejamento da
rede estadual é que o ano letivo de 2021 seja uma continuidade das ações
avaliativas e pedagógicas de 2020. A partir das informações do último conselho
de classe, haverá um diagnóstico de todos os alunos considerando os registros
do Apoio Pedagógico Presencial e da Busca Ativa para determinar a organização
para o ano letivo seguinte.
A Portaria Normativa SED nº 2179, de 07 de dezembro de 2020,
determina que os alunos que obtiveram êxito na aprendizagem serão matriculados
no ano seguinte, seguindo normalmente o fluxo. Já os alunos com dificuldades ou
que não obtiveram aprendizagem de forma satisfatória, matriculados no 1º, 2º,
3º, 4º, 6º, 7º e 8º ano do Ensino Fundamental ou 1ª e 2ª série do Ensino Médio,
terão sequência no fluxo, com a possibilidade de frequentar programas e
projetos ao longo de 2021 para atender objetivos de aprendizagem.
Por outro lado, não avançarão no fluxo os alunos matriculados
no 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio que tiveram
sérias dificuldades de aprendizagem, tendo como parâmetro a média inferior a
6,0. Da mesma forma, os alunos que, comprovadamente, não realizaram nenhuma
atividade durante os dois semestres letivos, não irão avançar em 2021.
Protocolos para garantir a segurança da
comunidade escolar
Para que as aulas presenciais tenham a segurança necessária
para alunos, professores e profissionais de educação, as escolas deverão seguir
os protocolos previstos no Plano de Contingência para Educação (PlanCon), assim
como fizeram todas as unidades que retomaram as atividades presenciais em 2020.
O documento apresentado e regulamentado em setembro detalha os regramentos que as escolas devem seguir nessa
retomada.
O PlanCon é a referência para que cada unidade elabore o
próprio Plano de Contingência Escolar, com apoio do Estado em treinamentos com
os gestores escolares. O documento especifica a situação da unidade e precisa
ser homologado pelo Comitê Municipal de Gerenciamento da Covid-19 para que a
escola esteja apta para retomar as atividades presenciais.
O decreto publicado nesta segunda-feira pelo Governo do Estado estabelece
mais algumas regras que devem ser cumpridas pelas escolas, como o funcionamento
em até 50% das matrículas ativas do turno de funcionamento, caso a escola
esteja localizada em área de risco Gravíssimo para Covid-19. Após a atualização
do mapa de risco, as escolas terão até dois dias para realizar as adequações,
caso seja necessário.
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