Divulgação/NASA
A missão Dart, da Nasa, está cada vez mais próxima.
Oficialmente chamada Double Asteroid Redirection Test (Teste de
Redirecionamento de Asteroide Duplo), a nave deu suas primeiras espiadas em
Didymos, um sistema de dois asteroides que inclui seu alvo, Dimorphos.
É uma missão suicida: o objetivo é bater em cheio, no dia 26
de setembro, em Dimorphos, o menor deles (com 160 metros de diâmetro, é como
uma mini lua, orbitando Didymos). Este é o primeiro teste real de defensa
planetária do mundo, para ver se conseguiríamos desviar um possível asteroide
em rota de colisão com a Terra.
A técnica usada será a de impacto cinético — basicamente,
jogar uma nave propositalmente e com toda força em um corpo. Não para
destruí-lo, mas para alterar ligeiramente sua órbita pelo espaço.
Impacto perfeito
Durante suas últimas quatro horas de vida, DART terá de ajustar
sua trajetória de forma autônoma para garantir um impacto perfeito com
Dimorphos. E não há motivo para pânico: o asteroide está bem longe de nosso
planeta, justamente por isso foi escolhido para a simulação.
Neste dia 26, a partir das 19h, a Nasa fará uma cobertura ao
vivo do teste, em seu canal no Youtube.
Longo caminho
Apesar de já ter “olhado” o sistema de asteroides com seu
sistema de câmeras, chamado Draco (Didymos Reconnaissance and Asteroid Camera
for Optical Navigation ou “câmera de asteroide para navegação óptica e
reconhecimento Didymos”), a nave ainda tem um longo caminho a percorrer até seu
derradeiro destino. Mais especificamente, 32 milhões de quilômetros, segundo a
agência espacial.
Uma foto, divulgada pela Nasa, mostra a luz do asteroide
Didymos e sua lua orbital Dimorphos. Ela foi feita a partir de 243 imagens
registradas em julho.
“Este primeiro conjunto de imagens está sendo usado como
teste para validar nossas técnicas. A qualidade da imagem é semelhante ao que
poderíamos obter de telescópios terrestres, mas é importante mostrar que Draco
está funcionando corretamente e pode ver seu alvo, para fazer os ajustes
necessários antes de começarmos a usar as imagens para guiar a espaçonave até
asteroide de forma autônoma”, disse Elena Adams, engenheira de sistemas da
missão DART.
Metas da missão
As metas da missão são: demonstrar que uma nave pode navegar
de forma autônoma até o impacto cinético, e provar que esta técnica de defesa
planetária seria viável em uma situação de real ameaça.
Há mais de 65 milhões de anos, no final do chamado Período
Cretáceo, um grande asteroide colidiu com a Terra, levando a um longo inverno
nuclear que exterminou dinossauros e resultou em uma era de gelo. Hoje, não há
qualquer ameaça desta magnitude detectada — mas é necessário se precaver.
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