A Embraer teve
lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 26,1 milhões no 2º trimestre, ante
um prejuízo de R$ 485 milhões registrado no mesmo período do ano passado. No 1º
trimestre, a companhia tinha registrado um prejuízo de R$ 160,8 milhões.
Trata-se do primeiro lucro trimestral após 5 prejuízos seguidos. O
último resultado no azul tinha sido registrado no 4° trimestre de 2017, quando
a companhia teve lucro de R$ 147,1 milhões, segundo dados da Economatica.
No 1º semestre, entretanto, a Embraer ainda ficou no vermelho, com um
prejuízo de R$ 134,7 milhões.
Excluindo-se impostos diferidos e itens especiais, a empresa teve um
prejuízo líquido ajustado de R$ 57,6 milhões no 2º trimestre, acima da perda de
R$ 21,4 milhões no mesmo período de 2018. No acumulado do 1º semestre, o
prejuízo líquido ajustado foi de R$ 287,5 milhões.
A companhia informou que entregou 26 aeronaves comerciais e 25
executivas (19 jatos leves e seis grandes) no 2º trimestre, ante 28 jatos
comerciais e 20 executivos (15 leves e cinco grandes) entregues no mesmo
período do ano passado. Com o desempenho, a receita líquida da companhia teve
crescimento de 19% na comparação anual e alcançou R$ 5,4 bilhões.
Já a carteira de pedidos firmes subiu para US$ 16,9 bilhões no final de
junho, acima dos US$ 16 bilhões reportados no 1º trimestre.
A companhia encerrou o 2º trimestre com uma posição de caixa total de R$
9,49 bilhões e um total de financiamentos de R$ 13,67 bilhões, resultando em
uma dívida líquida de R$ 4,17 bilhões.
Empresa espera prejuízo em 2019
A fabricante brasileira de aviões, contudo, reiterou suas previsões para
o ano, quando prevê prejuízo, repetindo o desempenho negativo já registrado em
2018, destaca a Reuters.
Investidores têm monitorado a capacidade de resultados da empresa no
futuro, uma vez que a Embraer está em processo de venda do controle de sua
divisão de aviação comercial, historicamente a mais lucrativa, para a Boeing,
que deve ser concluída até o final deste ano.
Em fevereiro, os acionistas da Embraer aprovaram o acordo sobre a venda da divisão comercial da
empresa para a Boeing. Pelo acordo, a Boeing deverá pagar US$
4,2 bilhões por 80% da nova companhia. A Embraer ficará com os 20% restantes. A
nova empresa formada a partir da parceria entre a Boeing e Embraer vai se chamar Boeing
Brasil-Commercial. A expectativa é que, até o fim deste ano, o
negócio seja concluído.
Após a transação, a empresa brasileira terá de contar apenas com suas
divisões restantes, jatos executivos e contratos de defesa, para impulsionar a
última linha do balanço.
Nos primeiros seis meses do ano, a Embraer registrou perdas operacionais
em suas divisões comercial, executiva e de defesa.
A companhia disse que espera entregar seu primeiro novo avião militar de
carga, conhecido como KC-390, ao governo brasileiro até o final do ano. A
Embraer e a Boeing assinaram um acordo separado para comercializar em conjunto
o avião, que a fabricante brasileira espera que receba ordens de governos
aliados dos Estados Unidos.
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