Foto: Adem ALTAN / AFP
Uma junção de
fatores está por trás do alto grau de destruição do terremoto de magnitude 7,8,
que devastou o Sudeste da Turquia e o Norte da Síria, deixando milhares de mortos e feridos nesta
segunda-feira (6).
De acordo com especialistas, a localização do abalo sísmico, a hora que ocorreu, os antecedentes e medidas de segurança pouco rigorosas para construções podem ajudar a explicar a tragédia.
O número de mortos nas localidades passa de cinco mil e deixou mais de 17 mil feridos. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que esse número pode ser pelo menos oito vezes maior. O presidente da Turquia, Recept Tayyipi Erdogan, decretou luto oficial de sete dias no país.
Epicentro
O epicentro do
terremoto foi localizado no distrito de Pazarcik, na província turca de
Kahramanmaras, que fica distante 60 km da fronteira com o território sírio, a
uma profundidade de 17,9 km.
Esse foi o tremor
mais forte registrado na Turquia desde 1939 e atingiu uma região povoada
durante a madrugada de segunda (6) – às 4h17 locais (22h17 de domingo em
Brasília), o que surpreendeu a população.
A falha geológica,
onde aconteceu o tremor, não sofria um terremoto de magnitude superior a 7 há
mais de 200 anos. Pelos cálculos, mais de 2,8 mil prédios desmoronaram nas
cidades turcas de Adana, Gaziantep, Sanliurfa e Diayarbakir.
Réplicas
Nove horas após o
primeiro terremoto, um outro, com magnitude de 7,5 atingiu a região, 4 km a sudeste
da cidade de Ekinozu. De acordo com a capital turca, Ancara, houve cerca de 50
tremores secundários. Os abalos foram sentidos em países próximos como Israel,
Chipre e Líbano.
A vizinha Síria foi
a grande afetada pelos abalos. A capital Damasco relatou 711 mortos e 1.431
feridos em áreas controladas pelo governo. A agência síria de notícias Sana
divulgou imagens que mostravam destruições em várias cidades como em Latakia,
na costa Oeste do país, onde prédios inteiros desabaram.
Ajuda
internacional
A tragédia na
Turquia e Síria mobilizou a comunidade internacional. A UE (União Europeia) e
muitos países-membros já anunciaram envio de equipes de resgate. Outros países
como Estados Unidos, França, Israel, Reino Unido, Azerbaijão e a Grécia, também
anunciaram apoio.
Papa Francisco
O papa Francisco
manifestou “profunda tristeza” pelo ocorrido. O presidente chinês, Xi Jinping,
enviou suas condolências aos dois países. O presidente da Turquia, Recep
Tayyip Erdogan, pediu união nacional.
Através de nota, o
Itamaraty manifestou solidariedade às populações de Turquia e Síria e também às
famílias das vítimas. “Por meio da Agência Brasileira de Cooperação e em
coordenação com os países das áreas atingidas, o governo brasileiro está
providenciando formas de oferecer ajuda humanitária às populações afetadas pelo
terremoto”, destacou o comunicado.
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