A lista tríplice ao
cargo de Chefe do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para o próximo
biênio será formada pelo atual Procurador-Geral de Justiça, Fernando da Silva
Comin. Comin foi reeleito com 87% dos votos válidos. Ele obteve 415 votos, dos
477 votantes. A votação foi realizada por meio do sistema Helios Voting, já
testado em outros pleitos da instituição.
O processo de
escolha foi coordenado pela Comissão Eleitoral composta pelos Procuradores de
Justiça Odil José Cota (Presidente) e Paulo Roberto Speck, sendo os suplentes
João Fernando Quagliarelli Borrelli e Antenor Chinato Ribeiro, e pelo Promotor
de Justiça Cid Luiz Ribeiro Schmitz (Secretário), sendo a suplente Rosemary
Machado Silva.
Decorrido o prazo
de 24 horas após o encerramento da votação para a interposição de recursos, o
Colégio de Procuradores de Justiça julgará os eventuais recursos e homologará o
resultado da eleição e encaminhará a lista tríplice ao Governador do Estado.
Por força constitucional, o Governador do Estado terá 15 dias para nomear o
Procurador-Geral de Justiça.
Caso o Governador
não se manifeste neste prazo, será nomeado para o cargo o membro do Ministério
Público que obteve o maior número de votos na eleição para a lista tríplice,
conforme prevê a Lei Orgânica do Ministério Público. O mandato é para o biênio
2021/2023.
Quais as funções
do Procurador-Geral de Justiça
O Chefe do
Ministério Público estadual tem funções administrativas e de execução. Como
Órgão de Execução, pode propor ação penal em relação a crimes praticados por
Prefeitos, Secretários de Estado, integrantes da Mesa Diretora e da Presidência
da Assembleia Legislativa, Juízes de Direito e membros do próprio Ministério
Público. Isso acontece porque, na esfera criminal, essas autoridades têm
direito a foro por prerrogativa de função (conhecido como foro privilegiado).
Na área
administrativa, propõe a elaboração e execução do orçamento do Ministério
Público; a criação, extinção e modificação de cargos; determina a aquisição de
bens e serviços; a instauração de processo administrativo ou sindicância, além
de aplicar sanções; cria grupos de trabalho; edita normas, coordena, orienta e
acompanha o trabalho de unidades subordinadas dentro da Instituição; e firma
convênios e termos de cooperação de interesse da Instituição.
Podem concorrer ao cargo Procuradores e Promotores de Justiça, com mais de 10 anos de carreira. Seu mandato é de dois anos, sendo possível uma recondução.
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