O Governo de Santa Catarina realizou nesta quarta-feira, 24,
a primeira reunião de trabalho para planejar as ações de resposta, diante da
possibilidade de ingresso da nuvem de gafanhotos migratórios que está em
deslocamento no território argentino. O encontro foi realizado de forma virtual
e contou com a participação de representantes da Defesa Civil Estadual (DCSC),
Epagri, Cidasc, Secretaria de Estado da Agricultura e Corpo de Bombeiros
Militar.
Segundo especialistas da área, a possibilidade de chegada em Santa
Catarina é remota. Mesmo assim, o monitoramento da nuvem será realizado de
forma preventiva, com a integração dos órgãos envolvidos e coordenado pelo
Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CIGERD).
A tendência climática para os próximos dias indica que os ventos favorecem
o afastamento da nuvem de gafanhotos do território brasileiro. A chegada de uma
frente fria nos próximos dias pode contribuir ainda mais para a redução do
risco, pois a espécie necessita de temperaturas acima de 25 graus para se
manter ativa. A chuva também pode provocar a mortalidade dos insetos.
Ainda segundo os entomologistas da Epagri, a nuvem esteve mais próxima do
território catarinense no início de junho, quando estava sobre a Argentina e
próximo a fronteira com o Paraguai. Hoje está mais perto de Uruguaiana, na
fronteira com o Rio Grande do Sul.
O Governo do Estado mantém contato e possui informações fornecidas pelo
Serviço Nacional de Segurança e Qualidade Alimentar da Argentina (SENASA), pelo
Ministério da Agricultura do Brasil e a Secretaria da Agricultura do Rio Grande
do Sul.
É importante destacar que neste momento não existe necessidade de ação
preventiva por parte dos agricultores. O uso indiscriminado de agrotóxicos,
além de desperdício de recursos, pode causar impactos negativos no meio
ambiente, atingindo insetos polinizadores e prejudicando diversas culturas.
Alertas
Caso exista necessidade, a Defesa Civil e a Secretaria da Agricultura
emitirão alertas para os agricultores e profissionais. Os produtores rurais que
tiverem qualquer suspeita em relação à chegada de uma "nuvem de
gafanhotos" podem procurar os escritórios municipais da Cidasc ou Epagri.
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