A Honda anunciou
na noite desta sexta-feira (14) que teve conhecimento de um caso de acidente
com morte envolvendo um veículo da marca equipado com os airbags defeituosos da Takata.
O acidente, segundo a Honda, ocorreu no Rio de Janeiro, envolvendo um
Civic 2008. A perícia, ainda de acordo com a empresa, "determinou que
houve a ruptura anormal do insuflador do airbag Takata, causando ferimentos que
levaram à morte do motorista."
Este é o primeiro caso de morte envolvendo
veículos equipado com os chamados "airbags mortais" no Brasil. Em setembro de 2018, a Honda
informou que havia 28 ocorrências de rupturas das bolsas no país, com 11 feridos.
A Honda ainda disse que "já comunicou as autoridades competentes e
seguirá colaborando disponibilizando as informações sobre a ocorrência."
De acordo com a empresa, o Civic acidentado foi convocado para o recall em 2015 para troca
do insuflador do airbag do lado do motorista, mas o proprietário não levou o carro para a realização do reparo.
Reparo é gratuito
Em nota, a fabricante ainda informou que "continua a convocar
proprietários de veículos afetados pelos recalls do insuflador de airbags
Takata e pede para que levem, com urgência, seus veículos a uma concessionária
autorizada para o reparo."
Os proprietários podem checar no link se seus veículos precisam de reparo. O
agendamento pode ser feito pelo mesmo site ou pelo telefone: 0800-701-3432.
Outras marcas
Além da Honda, outras 14 marcas convocaram recalls para trocar o
equipamento defeituoso no país.
Esses airbags da Takata estão ligados a 22 mortes nos Estados Unidos, na
Austrália e na Malásia, e provocaram o maior recall da história. O caso ficou
conhecido como o dos "airbags mortais".
Qual é a falha
A Takata revelou o defeito em 2013. Desde então, somente no Brasil,
mais de 2 milhões de carros, de 15 diferentes marcas, foram chamados para a
troca da peça defeituosa desses airbags, chamada insuflador.
O insuflador é uma espécie de caixa metálica que abriga o gás que faz a
bolsa de ar inflar. O defeito nessa peça causa uma abertura forte demais quando
o airbag é acionado.
Além disso, a falha gera trincas no insuflador e, com a explosão do
airbag, ele se estilhaça, atirando pedaços de metal contra os ocupantes,
causando ferimentos que podem ser fatais e já foram comparados a facadas.
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