A 1ª Vara Federal de Chapecó, no Oeste catarinense, aceitou
denúncia contra quatro pessoas acusadas participarem de esquema de desvio de verba do
Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Regional do Oeste, em Chapecó. Agora
são réus um ex-diretor-presidente da unidade, um assessor jurídico da
associação que administra o hospital e dois sócios-administradores de uma
prestadora de serviços.
A decisão é de sexta-feira (13) e foi divulgada nesta
terça (17) pelo Ministério Público Federal (MPF), que fez a denúncia. Os réus foram investigados pela
Polícia Federal em uma operação que
cumpriu mandados de busca e apreensão em setembro de 2018.
Os quatro são acusados de desviar mais de R$ 10
milhões do SUS entre 2014 e 2017. Eles vão responder por peculato, que é o
desvio de valores em função do cargo público, falsidade ideológica e associação
criminosa.
O MPF informou que, em outra decisão, a Justiça
Federal afastou o assessor jurídico investigado do cargo.
Operação
Na Operação Patriarcado, a PF cumpriu mandados em Chapecó e
Xanxerê, no Oeste catarinense, e Maringá, no Paraná.
A polícia investigou favorecimento ilícito de
contratação de laboratório de análises e de empresas de diagnóstico, em que os
responsáveis seriam familiares do presidente da associação que administra o
hospital. De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), não houve
processo seletivo para a contratação das empresas.
De acordo com o MPF, a investigou começou a partir de informações colhidas em
outra operação, a Manobra de Osler, que resultou na condenação de uma ex-secretária e
dois sócios de uma clínica particular.
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