A Justiça do
Trabalho de Santa Catarina (TRT-SC) determinou de forma liminar (temporária) o
bloqueio imediato de bens móveis e imóveis de três empresas e cinco dirigentes
ligados ao Figueirense. A decisão é desta sexta-feira (23). O bloqueio foi
pedido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-SC).
O objetivo da decisão da juíza Danielle Bertachini, da 7ª Vara do
Trabalho de Florianópolis, é garantir o valor de R$ 9,6 milhões para pagar os
salários atrasados de 2019 de jogadores e funcionários do clube.
O pedido do MPT-SC foi concedido de forma parcial pela Justiça do
Trabalho. Isso porque a juíza determinou o bloqueio dos bens de oito réus,
enquanto o MPT-SC pedia que isso ocorresse com 12.
Entenda a crise no Figueirense
A crise financeira ganhou proporções nacionais há uma semana, quando os
jogadores paralisaram as atividades em protesto pelos salários atrasados. Sem
treinar sexta (16), sábado (17) e domingo (18), o grupo viajou a Mato Grosso
para enfrentar o Cuiabá na Série B do Campeonato Brasileiro. Porém, sem
pagamento, não entrou em campo e perdeu por W.O.
No retorno a Florianópolis, na manhã de quarta (21), os atletas foram
aplaudidos e receberam apoio de torcedores no Aeroporto Internacional Hercílio
Luz. No período da tarde, fizeram exigências para encerrar a greve, como
pagamento dos atrasados para funcionários e jogadores da base.
No dia seguinte, em nota, a diretoria informou a quitação, mas não de
todas as pendências pedidas. O grupo, então, decidiu manter a paralisação.
Horas depois, os jogadores encerraram a greve. Em comunicado, disseram
que, apesar da diretoria não ter cumprido nenhuma exigência ou efetuado os
pagamentos devidos, as atividades serão retomadas “em respeito à instituição e
à nossa torcida”.
Assim, na manhã desta sexta (23), o grupo retomou as atividades e
iniciou a preparação para enfrentar o CRB no sábado (24) às 19h em
Florianópolis.
O direito de imagem do elenco não é pago desde maio, enquanto o mês de
julho, referente ao vencimento em carteira, também está pendente. Há ainda o
não recolhimento de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O jogador
Denis conseguiu a rescisão indireta com o Figueirense no início do mês por esse
motivo. Dias depois, o clube derrubou a liminar concedida ao goleiro.
W.O. da base
Dois dias depois do W.O. da equipe profissional na Série B, o time
sub-23 do Figueirense também não entrou em campo em protesto pelos salários
atrasados. Desta vez foi contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro de
Aspirantes.
Ações trabalhistas
O MPT-SC informou a existência de 177 ações contra o Figueirense
distribuídas nas Varas do Trabalho de Florianópolis. A maioria é por falta de
pagamento.
Outro lado
Empresas:
Figueirense Futebol Clube: Nikolas
Salvador Bottós, 1º vice-presidente e membro do Conselho de Administração,
afirmou que ninguém foi notificado. Ele ainda diz que a ação tem aspectos bem
controversos, em especial responsabilizar o CA que assumiu em dezembro pela
integralidade da dívida. Ele completa que a manifestação irá ocorrer quando
foram citados.
Figueirense Futebol Clube LTDA.:
assessoria de imprensa do Figueirense informou que não foi citado.
Elephant Participações Societárias
S/A: assessoria de imprensa do Figueirense informou que não foi citada.
Pessoas físicas:
Luiz Fernando Philippi: Nikolas
Salvador Bottós, 1º vice-presidente e membro do Conselho de Administração,
afirmou que ninguém foi notificado. Ele ainda diz que a ação tem aspectos bem
controversos, em especial responsabilizar o CA que assumiu em dezembro pela
integralidade da dívida. Ele completa que a manifestação irá ocorrer quando
foram citados.
Cláudio Honigman: assessoria de
imprensa do Figueirense informou que não foi citado.
Wilfredo Brillinger: afirmou que
não foi notificado.
Airton Manoel João: não foi
localizado pela reportagem.
Cláudio Cesar Vernalha Abreu de
Oliveira: afirmou que não foi notificado e não tem conhecimento do assunto.
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