A Lei nº 18.239 atualiza as normas vigentes desde 2019 e traz mais competitividade para o agronegócio de SC (Foto: Ricardo Wolffwenbüttel/Secom).
Com o
reconhecimento de outros estados como zona livre de febre aftosa sem vacinação
pela Organização Mundial de Saúde Animal, Santa Catarina alterou a legislação
que trata da entrada de bovinos e bubalinos. A Lei nº 18.239 foi publicada na
última sexta-feira, 29, atualiza as normas vigentes desde 2019 e traz mais
competitividade para o agronegócio catarinense, sem perder o foco na defesa
agropecuária.
“Com a lei
sancionada, os produtores poderão comprar bovinos de outros estados para o
abate em Santa Catarina. É mais um avanço que estamos conquistando,
principalmente com as áreas livres de febre aftosa do Paraná e do Rio Grande do
Sul, que haverão de trabalhar em conjunto para que nós possamos ter mais
matérias-primas à disposição de Santa Catarina, novamente fortalecendo a cadeia
da bovinocultura de corte. É mais uma iniciativa do Governo do Estado para
tornar a economia de Santa Catarina ainda mais dinâmica”, destaca o secretário
de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina,
Altair Silva.
Entre as principais
alterações da lei estão: retira a necessidade de identificação individual de
bovinos e bubalinos para abate ou para Estabelecimentos de Pré-Embarque (EPE)
para exportação de animais vivos; não há mais restrição de ingresso para animais
vacinados com B19 para brucelose, porém necessitarão apresentar testes de
diagnóstico para brucelose e tuberculose com resultado negativo e deverão ter
idade adequada para realizar os exames; e aumenta para seis meses de idade o
prazo de identificação dos bovinos e bubalinos que ingressarão em Santa
Catarina.
É importante
ressaltar que as novas regras são válidas apenas para os estados do Rio Grande
do Sul, Paraná, Acre, Rondônia e regiões do Amazonas e do Mato Grosso do Sul –
reconhecidos pela OIE como zonas livres de febre aftosa sem vacinação.
Os animais que
ingressarem em Santa Catarina devem possuir identificação individual
oficial, permanente ou de longa duração aplicada em até seis meses após o
nascimento. É necessário ainda o registro da entrada dos animais pelos seus
proprietários, no prazo de até cinco dias úteis após o ingresso, no Sistema de
Gestão da Defesa Agropecuária Catarinense, e a identificação dos animais com
brincos oficiais do Sistema de Identificação Individual e Rastreabilidade de Bovinos
e Bubalinos de Santa Catarina. A exceção passa a ser para bovinos e bubalinos
destinados ao abate imediato em estabelecimentos com Serviço de Inspeção
Oficial (SIM, SIE ou SIF) ou destinados a Estabelecimentos de Pré-Embarque
(EPEs) para exportação de animais vivos.
A entrada de
animais continua condicionada ao transporte em veículos com carga lacrada pelo
Serviço Veterinário Oficial do Estado de origem, podendo ingressar no Estado de
Santa Catarina somente pelos postos fixos de fiscalização estabelecidos pelo
Serviço Veterinário Estadual de Santa Catarina.
Identificação
individual
Em Santa
Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados individualmente
com um brinco que assegura que os animais são nascidos e criados no estado. A
brincagem é obrigatória e é uma forma de controlar o rebanho catarinense.
Os brincos são
colocados nos animais antes dos seis meses de idade e contém um número e um
código de barras, funcionando como uma carteira de identidade, com todas as
informações sobre aquele animal: data de nascimento, número do brinco da mãe,
município de origem e nome do proprietário.
Entrada de
bovinos e bubalinos de estados ainda não reconhecidos pela OIE
O ingresso ao
estado de bovinos e bubalinos de outros estados não reconhecidos pela OIE como
zona livre de febre aftosa sem vacinação, mesmo que para abate imediato,
permanece proibido. As equipes técnicas da Secretaria de Estado da Agricultura
e da Cidasc continuarão trabalhando para manter Santa Catarina como referência
internacional em saúde animal.
Status sanitário
catarinense
Desde 2007, Santa
Catarina é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona
livre de febre aftosa sem vacinação, além de zona livre de peste suína
clássica, o que demonstra um cuidado extremo com a sanidade animal e é algo
extremamente valorizado pelos importadores de carne.
O estado é o maior
produtor de suínos do Brasil, o segundo maior produtor de aves e o quarto maior
produtor de leite e o agronegócio é responsável por aproximadamente 70% das exportações
catarinenses, com acesso aos mercados mais exigentes e competitivos do mundo.
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