O Ministério da Saúde anunciou a liberação de R$ 31,9
milhões para incentivar ações de alimentação e nutrição nos serviços de Atenção
Primária em todo o país. Os recursos são destinados a ações de promoção da
alimentação saudável em unidades de saúde e prevenção de doenças como
sobrepeso, obesidade, desnutrição e anemia, além de promover cursos e
qualificação técnica das equipes de profissionais que atuam na área.
Manter uma alimentação saudável, acompanhada da prática regular de
atividades físicas, evita doenças que muitas vezes podem até levar ao óbito. O
consumo excessivo de sal, por exemplo, pode provocar hipertensão arterial que
contribui como fator de risco para mais de 40% das doenças cardíacas e
acidentes vasculares cerebrais. Também está associado ao câncer gástrico,
pedras nos rins e osteoporose. Além disso, o consumo exagerado de açúcar
apresenta malefícios, como o risco aumentado para o desenvolvimento de doenças
como o diabetes.
Dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde,
apontam o aumento da obesidade em 67,8% nos últimos treze anos no Brasil,
saindo de 11,8% em 2006 para 19,8% em 2018.
O mesmo estudo aponta ainda mudança significativa nos hábitos alimentares
dos brasileiros. Em 2018, aumentou em 15,5% o consumo recomendado de frutas e
hortaliças pela Organização Mundial da Saúde (cinco porções diárias pelo menos
cinco vezes na semana) na comparação com 2008. O Guia Alimentar para a
População Brasileira, lançado pelo Ministério da Saúde, é o principal
orientador de escolhas alimentares mais adequadas e saudáveis pela população,
baseado principalmente no consumo de alimentos in natura ou minimamente
processados. As informações também são úteis para a prevenção e controle de
doenças específicas, como a obesidade, a hipertensão e o diabetes.
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