O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), reuniu-se com
instituições de ensino privadas na terça-feira (5), para repassar recomendações
sobre o pagamento de mensalidades em meio aos impactos causados pela pandemia
do novo coronavírus (Covid-19).
Segundo o MP, a reunião foi marcada no inquérito civil que apura suposto
desequilíbrio contratual. A Associação Catarinense das Fundações Educacionais
(Acafe) e a Associação de Mantenedoras Particulares de Ensino (Ampesc)
receberam recomendações para que priorizem a negociação do pagamento e dos
valores das mensalidades, devido aos impactos da suspensão das atividades
presenciais sobre as aulas e o calendário escolar.
Os alunos dos cursos de graduação matriculados em universidades e
faculdades privadas não poderão ter seus contratos rescindidos por atraso ou
falta de pagamento antes que todas as possibilidades de negociação com os
estabelecimentos de ensino sejam esgotadas, conforme o Ministério Público. Além
disso, as instituições privadas não devem cobrar juros ou encargos por
atraso de pagamentos enquanto durarem as medidas de emergência contra o
coronavírus.
A recomendação foi entregue durante a segunda-feira, em reunião na sede da
Procuradoria-Geral de Justiça, às associações que representam as instituições
de ensino superior que operam em Santa Catarina, a AMPESC e a ACAFE.
A ACAFE e a AMPESC devem encaminhar a recomendação aos seus associados,
que terão até o dia 15 de maio para adotar as providências recomendadas pelo
Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
As disciplinas que não permitam o modo remoto de ensino – como aulas de
laboratório, por exemplo – deverão ter os correspondentes valores considerados
para redução de custos. Caso o valor tenha sido pago, ele deve ser compensado
ou restituído.
Para garantir a qualidade do ensino, são recomendadas medidas sobre a
recomposição do calendário escolar, relativas à adequação da estrutura e à
programação pedagógica para que os conteúdos não sejam afetados. Todas essas
medidas devem ser apresentadas de forma transparente aos alunos ou aos pais ou
responsáveis pela manutenção do estudante no curso, e o estabelecimento deve
implantar canais de diálogo com eles, fáceis, rápidos e acessíveis, para a
negociação.
>>>Clique e receba notícias do JRTV Jornal Regional diariamente em seu WhatsApp.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook